sábado, 26 de maio de 2012

Orós faz homenagem a Eliseu Batista em seu centenário


Vereadores e lideranças destacam o empreendedorismo do empresário e político, que desenvolveu Orós

Orós O empresário Eliseu Batista Rolim, que no próximo dia 28, completaria 100 anos de nascimento, foi homenageado na manhã de ontem, em sessão solene realizada na Câmara Municipal de Orós.

Vereadores, parentes e amigos participaram da reunião. O homenageado foi um dos maiores empresários do Ceará e ocupou o cargo de prefeito municipal por duas vezes.

A vida de Eliseu Batista se confunde com a formação e crescimento da cidade de Orós. O seu nome é uma referência na região Centro-Sul. Homem empreendedor, simples e dedicado ao trabalho, à família e às questões públicas, contribuiu para a emancipação do Município em 1959 e implantou os principais prédios e serviços públicos da cidade. "Eliseu é o alicerce da cidade de Orós", disse a professora aposentada, Rosita Limaverde.

Empreendedorismo

O presidente da Câmara, José Patrício, enalteceu a importância do empresário e do homem público, Eliseu Batista, na construção e crescimento do Município. "É uma justa homenagem que o Legislativo presta ao ex-prefeito e grande empreendedor", frisou. José Patrício fez a entrega de uma placa de reconhecimento e homenagem ao centenário de vida de Eliseu Batista Rolim.

Os aspectos do empreendedorismo de Eliseu Batista foram destacados durante a sessão. O vereador, Lucemy Martins, reafirmou o papel de referência que o homenageado exerce na região. "Eliseu foi quem construiu Orós", frisou. A advogada Fátima Silva destacou a geração de emprego que as empresas do homenageado possibilitaram nesta e em outras cidades da Região. Somente em Orós, eram gerados mais de 500 empregos diretos na usina de beneficiamento de algodão e óleo, fabricação de margarina e sabão.

Referência

O vereador João Filho também ressaltou a importância do empresário e industrial para a região Centro-Sul. "Era uma referência para todos nós", frisou. O vereador e filho do homenageado, Welingtom Rolim, estava emocionado durante a sessão e agradeceu a participação e as palavras de carinho e reconhecimento ao trabalho realizado pelo pai. Ele lembrou que o Hospital Municipal, colégio, Fórum de Justiça, a sede da Prefeitura, delegacia de Polícia, o clube social, Igreja Matriz de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e a ponte sobre o Rio Jaguaribe foram construídos por Eliseu Batista.

A sobrinha do homenageado, Raquel de Melo Rolim, lembrou outro aspecto da vida do tio. "As pessoas costumavam pedir conselho a ele. Contavam sobre os seus problemas pessoais, no trabalho e brigas de família", contou. "Meu tio sempre foi atencioso e dava os conselhos pedidos e tenho boas recordações dele".

No salão principal da sede da Câmara de Vereadores, desde o início desta semana, há uma exposição de fotos, recortes de jornais e revistas, comendas, amostras de produtos industrializados pelas empresas de Eliseu Batista. A mostra é uma iniciativa da Associação Cultural Pedro Augusto Neto, sob a coordenação da promotora cultural, Meirismar Augusto Paulino. "Essa é uma forma de resgatar a vida de um grande benfeitor de Orós e trazer para as novas gerações informações sobre o seu trabalho como empreendedor e político".

Primeiros passos

Eliseu Batista Rolim nasceu em 25 de maio de 1912 no Distrito de Feiticeiro, zona rural de Jaguaribe. Era o quarto filho do casal, Manoel Batista Rolim e Maria da Conceição Batista. Após tentar a vida no Sul do País, retornou e instalou em Jaguaribe uma alfaiataria juntamente com os amigos, Virgílio e Gentil Nogueira Paes.

Em junho de 1933 casou com Isaura Costa, filha do comerciante Alfredo Antonio da Costa. O casal teve dez filhos. Em 1941, fez curso de Contabilidade em São Paulo. Veio para Orós em 1927 e aqui abriu comércio no ramo de cereais e depois começou a atividade industrial fundando em 1947 a Eliseu Batista e Cia em sociedade com o sogro. A partir daí ampliou as atividades, adquirindo novas indústrias de beneficiamento de algodão e óleo e abrindo novos investimentos nas cidades de Icó, Cascavel, Fortaleza e no Maranhão em atividades que incluíam, além de beneficiamento de algodão, fabricação de sabão, óleo, e margarina, arroz, castanha de caju, criação de gado, importação e exportação.

Ele morreu em 18 de janeiro de 2001 e não chegou a ver seu sonho realizado, que era a construção de uma rodovia ligando a cidade de Orós a Solonópole, encurtando o caminho para Fortaleza. Atuou nos movimentos de emancipação em 1959 e na construção do Açude Orós em 1960.

Mais informações:

Câmara Municipal de Vereadores
Av. Fares Lopes, S/N
Centro
Cidade de Orós
Fone: (88) 3584. 1678

HONÓRIO BARBOSA
REPÓRTER 
DIÁRIO DO NORDESTE

2 comentários:

  1. poderia homenagear o meu pai JOSÉ ALVES GUIMARAES, que morreu assassinado por ser empregado da empresa desse senhor...

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  2. Homenagem mais que merecida. Elizeu foi uma pessoa de coração bom. Um empresario afrente de seu tempo.

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