sábado, 15 de março de 2014

Decretada prisão preventiva de PMs suspeitos de matar pedreiro no Ceará

Foi decretada na tarde desta sexta-feira, 14, a prisão preventiva dos três policiais suspeitos de espancar e matar o pedreiro Francisco Ricardo Costa de Sousa, em 13 de fevereiro, no Bairro Maraponga, em Fortaleza. A decisão é da 1ª Vara do Júri de Fortaleza. Desde o dia 14 de fevereiro, o trio cumpre prisão temporária de 30 dias no Presídio Militar.

De acordo com o delegado Santiago Fernandes, Titular da Controladoria Geral dos Órgãos, o laudo da perícia nas roupas dos três PMs deu positivo para vestígio de sangue. Os policiais vão responder também a um processo administrativo que levará à expulsão dos três dos quadros da PM, no caso de condenação.

Na última quarta-feira, 12, José Milton Alves Maciel Júnior (seis anos e meio de PM), Dennis Bezerra Guilherme (quatro anos de corporação) e Washington Martins da Silva (16 anos de PM), foram indiciados pela morte do pedreiro Francisco Ricardo Costa de Souza, 41 anos, assassinado na tarde de 13 de fevereiro e deixado em terreno na rua Francisco Glicério, na Maraponga. Eles foram indiciados por homicídio doloso - quando há intenção de matar - com três qualificações: crueldade (tortura), motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima. O inquérito do crime é resultado de investigação feita pela Delegacia de Assuntos Internos (DAI), que concluiu que os três policiais militares estiveram diretamente envolvidos na morte de Ricardo. 

A investigação se baseou, entre outros recursos, em dados do Sistema de Monitoramento do Ronda do Quarteirão. Segundo o Titutar da DAI, delegado Nartan da Costa Andrade, no momento do crime, os soldados estiveram no local onde o corpo foi deixado durante cerca de meia hora. Moradores da área teriam encontrado o pedreiro desacordado e ligaram para a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops).

A mesma viatura acusada foi acionada pela Ciops e atendeu à ocorrência. Já sem vida, o pedreiro foi levado pelos policiais ao Frotinha da Parangaba. A causa da morte foi apontada como politraumatismo em todas as partes do corpo, causado por objeto contundente. Os PMs negam o crime. 


Redação O POVO Online

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