O Ceará é o terceiro estado do
país com a maior número de crianças e adolescentes que vivem em situação de
pobreza extrema. De acordo com levantamento divulgado nesta quarta-feira (16)
pela Fundação Abrinq, com base em dados do IBGE, 28,6% da população cearense de
0 a 14 anos sofre com pobreza extrema. Apenas Maranhão e Alagoas têm índices
piores que o do Ceará.
Já a situação de pobreza afeta
61% das crianças e adolescentes do Ceará. O IBGE considera a família em
situação de pobreza aquela em que os membros têm renda per capta de meio
salário mínimo (R$ 469,50); e de extrema pobreza aquela cujos familiares
recebem até um quarto de salário mínimo (R$ 234,25).
Apesar de um dos piores índices
do país, o levantamento da Abrinq mostra que o Ceará vem reduzindo
continuamente os índices de pobreza e extrema pobreza entre as crianças e
adolescentes do estado.
Em 1992, 89% da população de 0 a
14 anos sofria com a pobreza, e 72,7% das pessoas na mesma faixa etária tinham
situação de extrema pobreza.
O deputado Heitor Férrer, em
discusso na Assembleia Legislativa nesta quarta, criticou o desempenho do Ceará
e do país.
"Países sérios fazem suas
prioridades pensando nas necessidades da sua população. Imaginar que o Brasil
tem hoje 17 milhões de pessoas vivendo na miséria, que no Ceará para cada 100
crianças, 61 estão em estado de pobreza e de miséria é dar um tiro no futuro.
Nós não temos futuro. As prioridades foram invertidas e continuam
invertidas", afirmou.
Por: G1 CE
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