quinta-feira, 26 de julho de 2018

Policiais civis empossados no Ceará não iniciam atividades por falta de armas



As novos policiais civis do Ceará, que foram empossados há um mês, ainda não iniciaram as atividade porque não receberam armas do Estado. A informação é do Sindicato dos Policiais Civis do Ceará (Sinpoci), que também coloca que foram entregues apenas 170 armas para 646 novos agentes.

A Secretaria da Segurança Pública (SSPDS) informou que o processo de aquisição de 4.100 armas para as polícias civil e militar foi finalizado antes da nomeação dos profissionais. A demora se deve a trâmites burocráticos, porque as armas vêm dos Estados Unidos. Ainda segundo a SSPDS, elas devem chegar na próxima semana.

Em ofício assinado por diretores dos departamentos de polícia, a determinação é que os servidores só comecem a trabalhar depois de receber o armamento. Mas o sindicato da categoria denuncia que a Secretaria da Segurança Pública já está encaminhando os novatos para as delegacias onde foram lotados. Dizem ainda que por enquanto, eles se empenhariam apenas em atividades administrativas, não devendo sair às ruas.

Riscos
O Sinpoci acredita, contudo, que é uma tarefa arriscada para um profissional desarmado. "Atividades internas dentro da delegacia, são serviços de cartório serviços de permanência. Todos os dois perigosíssimos, porque o serviço de permanência está lidando com o preso, e o serviço de cartório, você está tomando oitivas, está lidando com pessoas que foram flagradas", afirma Ricardo Viana, secretário-geral do Sinpoci.

O sindicato alerta ainda para a responsabilidade no caso de algum incidente dentro das delegacias. "Não existe, oficialmente, nada dizendo que ele deva se apresentar mesmo desarmado. A gente até orienta aos policiais, que certifiquem isso, quando se apresentarem nas delegacias, documentem", diz Renato Viana.


Por G1 CE

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