Morreram mais policiais militares
e civis no Ceará do que em outros estados da região Nordeste nos anos de 2016 e
2017. É o que aponta os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública,
divulgados na última quinta-feira (8). De acordo com o levantamento, nesse
período, 51 agentes de segurança foram assassinados em todo o Estado.
As principais vítimas são os
policiais militares, que correspondem a 94% dos homicídios. Em nível nacional,
Ceará ocupou o terceiro lugar, em 2016, e o quarto, em 2017, ficando atrás para
cidades da região Sudeste e Norte do País.
Segundo a pesquisa do Fórum,
quase 80% dos agentes foram assinados nos momentos de lazer, correspondendo a
um número de 40 mortes. Os PMs foram as principais vítimas com 37 assassinatos,
enquanto policiais civis somam em três casos.
Já os números de assassinatos de
policiais durante o serviço são bem menores comparado com os casos de mortes
nos momentos de folga. De acordo com os dados, 11 homicídios foram registrados.
Todas as vítimas eram militares. O ano com o maior número de registro de casos
foi 2016, com nove, enquanto, em 2017, foram contabilizados dois homicídios.
De acordo com a presidente do
Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Ceará (Sindipol), a explicação
para os números deve-se a vulnerabilidade em que os oficiais se encontram nos
momentos de folga, ao contrário de quando estão em serviço. “Em serviço, é uma
situação totalmente distinta. O policial está acompanhado por equipe e com
equipamentos de segurança. Além disso, está atento a qualquer situação de
confronto”, ressalta.
Por outro lado, nos momentos de
lazer, os oficiais estão desprevenidos e, ao serem abordados por criminosos,
precisam reagir por conta da identificação como policial a partir da carteira
funcional. “Se ele for identificado pela carteira funcional, o criminoso vai
atirar”, afirma.
O Tribuna do Ceará solicitou um
posicionamento para a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e
para a Polícia Militar sobre as medidas de segurança para garantir a vida dos
policiais, mas até a publicação desta matéria não obteve resposta.
TRIBUNA DO CEARÁ
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