O neto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
Arthur Araújo Lula da Silva, de 7 anos, foi vítima da meningite meningocócica,
um tipo de meningite bacteriana causada pela Neisseria miningitidis, popularmente
conhecida como meningococo. A bactéria se aloja nas membranas que envolvem o
cérebro e a medula espinhal, causando infecção e podendo levar a morte.
Segundo estudo da Organização Mundial da Saúde publicado em
2018, quando a doença é diagnosticada precocemente e o tratamento adequado é
iniciado, 8% a 15% dos pacientes vão a óbito dentro de 24 a 48 após o início
dos sintomas. Caso não seja tratada, a meningite meningocócica é fatal em 50%
dos casos e pode resultar em dano cerebral, perda auditiva ou incapacidade em
10% a 20% dos sobreviventes.
Segundo o Ministério da Saúde, a doença que Arthur, neto do
ex-presidente, portava é um dos tipos mais letais de meningite. “Nesse último
caso [da meningite meningocócica], a doença pode evoluir de forma fulminante,
levando ao óbito em poucas horas”, informa a cartilha sobre a doença
bacteriana.
O paciente com a doença apresenta febre alta, dor de cabeça
intensa, vômitos, dor na nuca, aparecimento de manchas roxas na pele, confusão
mental, falta de apetite, sonolência, agitação, sensibilidade à luz, e pode
evoluir para diarreia, convulsões e delírios.
A transmissão do meningococo pode ser feita de uma pessoa
para outra por meio do contato direto com gotículas respiratórias através da
tosse, espirro e beijo, informa o relatória da OMS. Existem, também, os
portadores assintomáticos, que portam a doença dentro ou sobre os seus corpos
sem estarem doentes e podem transmiti-la.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação é considerada uma
das formas mais eficazes na prevenção da doença. A vacina para a proteção
contra a doença meningocócica causada pelo meningococo B é indicada para
indivíduos dos dois meses aos 50 anos de idade. Nos postos de saúde, a vacina
para proteção contra a doença causada pelo meningococo C é gratuita para
crianças menores de 5 anos de idade e adolescentes de 11 a 14 anos.
Outras formas de prevenção, ainda de acordo com a pasta, são
evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos.
Fonte: Veja
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