terça-feira, 30 de julho de 2019

Clássico-Rei do dia 3 será o maior da história



Antes mesmo da tabela da Série A de 2019 ser divulgada, os dois duelos de Ceará e Fortaleza no Brasileirão após 23 anos eram festejados como um momento histórico, pela magnitude do Clássico-Rei. Afinal, ambos se enfrentariam na Série A do Campeonato Brasileiro em pontos corridos, em alta no futebol nacional e nordestino com resultados respeitáveis e gestões responsáveis.

E na semana do primeiro encontro entre ambos, no dia 3 de agosto, pela 13ª rodada, na Arena Castelão, um debate surge: será o maior confronto da história na Série A? Pelo contexto do jogo, que será o 10º entre eles, por tudo que envolve a edição deste ano da Série A, tem tudo para ser, sem a pretensão de desmerecer os jogos anteriores e seus personagens, como jogadores, dirigentes e técnicos.

Primeiro, vale contextualizar os nove encontros anteriores entre Vovô e Leão, concentrados em três décadas (1970/80/90). Embora tenham frequentado a Série A assiduamente, principalmente nas décadas de 1970 e 1980, com 23 participações do Ceará e 21 do Fortaleza, incluindo a edição de 2019, os encontros na Série A são raros, com apenas nove jogos.

Nas nove partidas na história, a vantagem é alvinegra, com quatro vitórias: 1977 (1 a 0 e 2 a 1) e 1993 (1 a 0 e 3 a 1); quatro empates: 1973 (0 a 0), 1974 (1 a 1), 1975 (0 a 0), 1978 (1 a 1); e uma vitória do Fortaleza: 1976 (1 a 0).

Como mostra a história, a maioria dos confrontos foram concentrados na década de 1970: 1973, 1974, 1975, 1976, 1977 (dois jogos), 1978 e dois na década de 1990, em 1993 - ano dos dois últimos Clássicos-Rei na Série A.

Na década de 70, o Campeonato Brasileiro era "inchado" e sem a tensão do rebaixamento (nenhum clube era rebaixado e buscava a classificação para a edição do ano seguinte via Estadual). Tanto é que as colocações finais de Vovô e Leão raramente são lembradas, mesmo quando foram superiores ao rival.

Geralmente em grupos regionalizados, os clássicos eram disputados nas fases iniciais, nas quais as classificações de ambos eram praticamente protocolares.

Em 1973, por exemplo, no 1º jogo entre eles, um empate sem gols no Castelão não fez diferença ao fim da 1º fase, com ambos garantindo classificação. De relevante, grande jogadores da história de ambos, como os alvinegros Hélio Show, Arthur, Serginho, Zé Eduardo, Da Costa, e com os tricolores Lulinha, Pedro Basílio, Hamílton Rocha, Hamílton Melo e Marciano.

Em 1977, foram dois jogos, com duas vitórias alvinegras. Na 1ª fase, ambos garantiram vaga, mas na seguinte, a vitória alvinegra não foi suficiente para classificar o Alvinegro, com o Tricolor já eliminado.

Na década de 1990, o contexto da Série A também não permitiu jogos memoráveis. Em 1993, Vovô e Leão foram "jogados" no Grupo C com oito participantes, enfrentando apenas adversários vindos da Série B, ou seja, nenhum gigante do futebol brasileiro.

E o Alvinegro venceu os dois jogos, (3 a 1 e 1 a 0), mas ambos acabaram não passando de fase, e pior, acabariam rebaixados com campanhas ruins. No último clássico, vencido pelo Ceará, com gol de Osmar, o público no Castelão foi de apenas 7.939 pagantes.

Tensão máxima

Contexto bem diferente da Série A deste ano, disputada em pontos corridos e com os 12 maiores clubes do país presentes. Nunca Vovô e Leão disputaram juntos uma Série A tão prestigiados, com times competitivos (já perderam para os cearenses times como Palmeiras e Grêmio batidos pelo Vozão, Athletico/PR e Cruzeiro, derrotados pelo Tricolor de Aço) e torcidas empolgadas recebendo 50 mil pagantes, além da necessidade de permanência na elite.

Em 12 rodadas, Alvinegro e Tricolor têm 14 pontos, com o Vozão à frente pelo saldo de gols, mas precisando vencer para evitar a aproximação da zona de rebaixamento, após perder na rodada anterior. A vantagem de ambos para o Z-4 é de cinco pontos, com o Fluminense, time que abre a zona ´maldita´ com nove.

Em contrapartida, uma vitória representará se consolidar na zona de classificação da Sul-Americana, além de deixar o rival em situação complicada.

Assim, as equipes dos técnicos Enderson Moreira e Rogério Ceni carregam grandes expectativas de suas torcidas para o Clássico-Rei do dia 3, na Arena Castelão, prometendo emoção e tensão máximas em campo.

#ClássicoDePrimeira 

No dia 3 de agosto, Ceará e Fortaleza disputam o mais esperado e certamente o maior Clássico-Rei da história da Série A do Brasileiro, por todo contexto dos pontos corridos e momento dos dois clubes

Diário do Nordeste

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