terça-feira, 21 de abril de 2020

Máscaras são distribuídas junto a kits alimentares em Fortaleza e prefeitura garante renda auxiliar de R$ 100 a ambulantes



Teve início nesta segunda-feira (20) a distribuição de três milhões de máscaras de proteção contra o novo coronavírus realizada pela prefeitura de Fortaleza em parceria com instituições privadas. As máscaras são entregues junto aos kits de alimentação destinados a estudantes da rede municipal de ensino, que também teve início da segunda remessa. A informação foi confirmada pelo prefeito Roberto Cláudio em transmissão ao vivo por rede social no início da noite desta segunda.

Segundo o gestor, as escolas distribuirão, a princípio, 880 mil dos acessórios de proteção para o rosto. As demais máscaras serão entregues nos terminais de ônibus de Fortaleza ou serão alocadas em algumas outras escolas municipais que funcionarão como ponto de referência.

A medida segue a atualização do decreto governamental, que recomenda o uso de máscaras a pessoas que precisam frequentar lugares com aglomeração. Os artefatos foram produzidos pelo trabalho de 1.670 costureiras do próprio estado. A intenção da prefeitura é entregar todas as máscaras até o fim de abril.

Renda auxiliar
Outro ponto levantado por Roberto Cláudio foi a garantia de renda auxiliar básica complementar no valor de R$ 100 destinada a feirantes, ambulantes, permissionários de boxes públicos, artistas e artesãos.

Aqueles que já possuem cadastro pela prefeitura já estão sendo contactados. Um site deverá ser lançado em breve para os beneficiários que desejarem fazer alterações cadastrais, como informações bancárias ou endereço.

O auxílio deverá ser entregue até o fim de abril e deve se estender também para o mês de maio.

Nesta segunda, o Ceará passou dos 200 óbitos da Covid-19, chegando a 206 mortes. Em Fortaleza, somam-se 164, além de 2.840 diagnósticos positivos para o novo coronavírus.

Covid-19 na periferia
Mais cedo, Roberto Cláudio já havia explanado a respeito da distribuição dos óbitos por bairros de Fortaleza. O Bairro Prefeito José Walter passou a ser o segundo bairro com maior número de mortes por Covid-19, com oito óbitos, ficando atrás da Barra do Ceará, com nove. No levantamento anterior da prefeitura, de 15 de abril, o José Walter registrava três mortes e a Barra, seis.

Roberto Cláudio ressaltou que, enquanto o número de casos confirmados é maior em bairros nobres, a quantidade de óbitos está mais alta em área periféricas da cidade.

O mais recente levantamento da prefeitura, até meio-dia desta segunda, mostra o bairro Meireles liderando em número de casos (211), seguido de Aldeota (166), Cocó (77), Fátima (52), Dionísio Torres (48). O bairro José Walter não aparece entre os 15 primeiros bairros com mais caos da doença e a Barra, está em 11º.


Os bairros com maior número de óbitos são:

  • Barra do Ceará, 9
  • Prefeito José Walter, 8
  • Meireles, 7
  • Vicente Pinzón 7
  • Fátima, 6
  • Jangurussu, 5
  • Cais do Porto, 5
  • Aldeota, 4
  • São João do Tauape, 4
  • Cristo Redentor, 4
  • Granja Lisboa, 4
  • Joaquim Távora, 3
  • Messejana, 3
  • Alto da Balanço, 3
  • Cocó, 2

No Ceará
O novo coronavírus (Sars-Cov-2) chegou a 100 cidades cearenses, segundo dados divulgados por meio da plataforma IntegraSUS, da secretaria estadual da Saúde, a Sesa, às 17h desta segunda-feira (20). Até 17h, eram 3.487 diagnósticos positivos para o Covid-19 e 206 mortes em decorrência da doença.

Decreto prorrogado até 5 de maio
O governador Camilo Santana anunciou, na noite do domingo (19), que o decreto de isolamento social que proíbe o funcionamento de serviços não essenciais vai se estender por mais 15 dias no Ceará. O novo prazo termina no próximo dia 5 de maio. Esta é a terceira vez que o governo adia o fim do decreto para diminuir a transmissão do novo coronavírus. A decisão já esta publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).

"Informo aos cearenses que estou prorrogando por mais 15 dias o decreto estadual que trata do enfrentamento ao coronavírus no Ceará, mantendo as restrições dos decretos anteriores, e reforçando medidas de proteção nos serviços essenciais que já funcionam, como bancos, lotéricas, supermercados e farmácias", escreveu.


Por G1 CE


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