quarta-feira, 15 de abril de 2020

Reajuste de energia elétrica no Ceará é adiado por dois meses devido à pandemia de coronavírus


O aumento nas contas de energia devido ao reajuste tarifário anual foi adiado por dois meses no Ceará pela Enel Distribuição. A intenção é reduzir o impacto da crise gerada pelo novo coronavírus aos cearenses, segundo informou a concessionária de energia na manhã desta terça-feira (15). 


Pelo cronograma normal, o reajuste entraria em vigor na próxima semana, dia 22 de abril, mas, agora, passará a valer apenas em 30 de junho. Os clientes começarão a pagar a nova tarifa em 1º de julho. 


A medida vai beneficiar mais de 3,9 milhões de cearenses e se deve a um pedido feito pela própria Enel à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 


"O reajuste médio aprovado hoje (14) pela Aneel foi de 3,94%. O aumento para consumidores de baixa tensão, em sua maioria clientes residenciais, será de 4,0%, e para os clientes de média e alta tensão, em geral indústrias e grandes comércios, o índice aprovado é de 3,78%", detalhou a empresa, em nota. 


Para compensar a postergação de dois meses neste ano, de acordo com a Enel, a Aneel considerou que a diferença na receita da empresa será considerada no reajuste de 2021.
  

Peso dos encargos

Em nota, a Enel detalhou a divisão dos custos para manter o fornecimento de energia no Ceará. Os tributos (ICMS e PIS/Cofins) têm a maior fatia e representam 27,7% do total. Em seguida vêm o custo de energia (36,5%) e o custo de distribuição (24,9%). As menores parcelas são do custo de transmissão (4,5%) e de encargos setoriais (6,4%). 


"Para ser ter uma ideia, de uma conta de R$ 100, por exemplo, apenas cerca de R$ 24,9, serão destinados à Enel Distribuição Ceará para operação, expansão, manutenção da rede de energia e para remuneração dos investimentos realizados", comparou a empresa.

  
Por G1 CE


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