quarta-feira, 1 de abril de 2020

Supermercados devem ter abastecimento normalizado após falta de produtos durante quarentena no Ceará



Os primeiros dias de quarentena pelo novo coronavírus trouxeram escassez de alguns produtos nos supermercados do Ceará. Porém, a Associação Cearense de Supermercados (Acesu) garantiu que a situação não deve ser recorrente, já que as indústrias seguem produzindo e solucionando os problemas em relação ao aumento da demanda e não há informação de ruptura.

O vice-presidente da Acesu, Nidovando Pinheiro, mostrou que, além da pandemia de coronavírus, outros fatores influenciam a alta dos preços.

”O período de chuva prejudica a distribuição de alguns produtos, como é o caso do FLV (frutas, legumes e verduras). A questão de preço oscila muito, por exemplo: semana passada, o mercado estava vendendo o tomate na faixa de R$ 9, nesta semana já é possível encontrar perto de R$ 4”, explica o representante.

O feijão também teve alta após o aumento nas chuvas no estado. Segundo informações da Acesu, a situação do feijão de corda deve ser normalizada nos próximos dias, mas o feijão carioca ainda não tem previsão de estabilizar.

O arroz, mais um dos itens que fazem parte da cesta básica dos brasileiros, tem seu preço impulsionado por outro fator externo. “Quando o dólar sobe muito, o produtor prefere mandar o arroz para fora, por isso falta no mercado interno. Nem sempre é o repasse direto dos supermercados”, esclarece o vice-presidente.

Os supermercados menores, que têm fornecedores locais, devem sentir menos o impacto. Mesmo com a alta produção, as indústrias correm o risco de não conseguir atender totalmente a programação estabelecida com as grandes redes.

*Sob supervisão de Armando de Oliveira


Por Sarah Queiroz e Yasmin Moraes*, G1 CE

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