quarta-feira, 1 de julho de 2020

Chuvas de junho ficam 17% abaixo da média histórica, mostra balanço parcial da Funceme



As chuvas de junho deste ano ficaram 17,1% abaixo da média histórica do mês, segundo informações da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). As informações coletadas até esta terça-feira (30), último dia do mês, apontam que as chuvas de junho somaram 31,1 milímetros, quando o padrão para o período é de 37,5 milímetros. O balanço ainda é parcial.

Segundo a Funceme, o período que se inicia a partir do fim de maio e se estende até meados de julho caracteriza-se como a Pós-Estação. Com o fim da quadra chuvosa, quando a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) foi o principal sistema indutor de chuvas, a tendência é que as precipitações diminuam consideravelmente no segundo semestre do ano.

Balanço das chuvas diárias
Choveu em pelo menos 44 cidades do Ceará entre as 7 horas de segunda-feira (29) e o mesmo horário desta terça-feira (30). A maior precipitação ocorreu no município de Canindé, na Região Central do Estado, com 56 milímetros.

Foi registrado precipitações também nas cidades de Paramoti com 55 milímetros; Itatira com 22 milímetros e São Gonçalo do Amarante com 21 milímetros.

O órgão afirmou nesta segunda-feira que para terça, as áreas localizadas na faixa litorânea e também no Maciço de Baturité ainda deverão manter condições para possibilidade de chuva. Já para quarta-feira (1º), não há expectativa de acumulados no Ceará.

Por meio de imagem de satélite, os meteorologistas da Funceme observaram a formação de áreas de instabilidade sobre o oceano, junto à costa norte do Nordeste, e uma tendência de movimentação em direção ao Ceará. Este cenário, se confirmando, deve proporcionar precipitações entre a tarde e a noite de hoje na faixa litorânea, Ibiapaba, Vale do Jaguaribe e no Maciço de Baturité.

Neste momento, a expectativa que é tais chuvas sejam passageiras e com intensidade variando entre fraca e moderada. Para o centro-sul do Ceará, nesta segunda, a expectativa é de tempo mais estável, isto é, com chances bem reduzidas de precipitações.

Trimestre positivo
As chuvas no Ceará do período entre fevereiro e abril de 2020 ficaram acima da média. O resultado vai em acordo com a maior probabilidade indicada pela instituição em janeiro deste ano, que era de 45% de chances de precipitações acima do normal climatológica.

No trimestre, o acumulado foi de 652,6 milímetros, enquanto a média é de 510,1 mm, ou seja, 28% acima do normal climatológica. Considerando a distribuição de precipitações por macrorregiões, Cariri, no sul do estado, teve o saldo mais positivo: 41,2% acima da média.

Foi o melhor trimestre desde 2009. Já considerando os dados desde 2000, é o 3º trimestre mais chuvoso do Ceará, ficando atrás somente dos anos de 2009 e 2008.

Considerando ainda os três primeiros meses da Quadra Chuvosa, Moraújo, localizado na macrorregião do Litoral Norte, foi o mais chuvoso entre os 184 municípios do Ceará. Lá, o acumulado foi de 1.694 mm, o que representa um desvio positivo de 122,1%.

Reservatórios
O Ceará tem 16 açudes sangrando e 57 com a capacidade acima de 90%, segundo dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). O açude Castanhão, maior reservatório do Estado, está com 15,95 % da capacidade total.

O Banabuiú, localizado no município de mesmo nome, é outro importante açude cearense castigado pela seca: está só com 14,28 % de capacidade. Já o Orós, na bacia do Alto Jaguaribe, tem 27,59 % de volume. Juntos, eles respondem por quase 20% do volume total do Estado.


Por G1 CE

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