quarta-feira, 12 de agosto de 2020

60 idosos morreram por Covid-19 em abrigos no Ceará



No Ceará, 60 idosos internados em instituições de longa permanência (ILPIs) morreram com causas relacionadas à infecção por Covid-19 do início da pandemia até 7 de agosto. Outros 35 óbitos são investigados. Os dados são de relatórios do Conselho Estadual dos Direitos do Idoso (Cedi).

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), o Ceará atingiu 8.043 óbitos e 191.540 casos confirmados de Covid-19 até o fim da tarde desta terça-feira (11). Outros 86.304 casos seguem em investigação.

Em todo o Estado, existem 60 abrigos do tipo ativos, com 1.710 idosos - considerados um dos principais grupos de risco para a Covid-19. Contudo, na semana a que se refere o levantamento, 13 unidades deixaram de prestar informações sobre a doença.

Só em Fortaleza, são 52 óbitos. Do total, 20 dessas instituições estão na capital cearense, com 643 idosos. Elas passam por fiscalização da 15ª Promotoria de Justiça de Fortaleza, do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). O promotor de Justiça Hugo Porto observa que os dados registrados nos abrigos seguem a tendência no Estado, de forma geral.

“A fase aguda veio primeiro em Fortaleza. Aqui, tivemos uma série de circunstâncias. Com a ida do vírus para o interior, os índices começam a ficar elevados, a gente percebe por uma consequência lógica. Ainda que tenham sido estabelecido os protocolos, mesmo assim, com o contato dos colaboradores, houve uma maior incidência nas ILPIs do Cariri”, analisa.

O promotor coordena a área do idoso do Grupo Especial de Combate à Pandemia do Novo Coronavírus do MPCE e afirma que foram contabilizados, recentemente, 41 testes positivos para a Covid-19 em idosos internados em uma unidade de Juazeiro do Norte, o que reforça a interiorização da doença.

“A gente verificou que a unidade estava com ausência de álcool em gel, distanciamento... Fizemos uma série de orientações. O que a gente espera é que as ILPIs sigam as dinâmicas de cada região. As taxas de óbitos em instituições de longa permanência de idosos são bem menores do que na população em geral. A mortalidade é bem menor”, detalha Hugo Porto.


Por G1 CE


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