O governador Camilo Santana
publicou decreto que define o fechamento, a partir desta sexta-feira (20), de
bares, restaurantes, shoppings, lanchonetes e demais estabelecimentos
comerciais não essenciais no Ceará por 10 dias - até o próximo dia 29. Além
disso, será interrompido o transporte intermunicipal no Estado, metrô e VLTs
não circularão mais, divisas com outros estados serão fechadas e o ponto
facultativo dos servidores estaduais será prorrogado até sexta-feira (27). Os
anúncios foram feitos em meio a epidemia de coronavírus.
"Sei que essas decisões têm
repercussões econômicas, mas a nossa prioridade neste momento é preservar
vidas", frisou Camilo, durante transmissão ao vivo, em redes sociais, na
tarde desta quinta-feira (19).
O Ceará tem 24 casos do novo
coronavírus confirmados até a tarde desta quinta, conforme boletim
epidemiológico da Secretaria da Saúde (Sesa). Já o número de casos ainda
suspeitos quase triplicou desde o boletim divulgado nesta quarta-feira (18),
passando de 259 para 766. Foram descartadas 118 notificações da doença.
Conforme a decisão, os
estabelecimentos comerciais deverão ficar fechados até o dia 29. Os serviços
rodoviários intermunicipais param de circular a partir da zero hora de
segunda-feira "para evitar a transmissao do vírus entre os
municipios", conforme o governador. Já o ponto facultativo de servidores
estaduais será prorrogado até o dia 27 - exceto para serviços nas áreas de
saúde, segurança, gás, energia - "os serviços básicos para a população
serão mantidos", frisou Camilo.
O bloqueio das divisas com os
estados vizinhos, segundo Camilo, é para evitar a entrada de pessoas
contaminadas, além de produtos e cargas.
PREOCUPAÇÃO COM OS IDOSOS
Camilo ainda reforçou o apelo
para que os cearenses permaneçam em casa - especialmente os idosos.
"É fundamental o cuidado com
os idosos no Ceará. É o público mais vulnerável. Vamos proteger as pessoas
acima de 60, 70, 80 anos. A orientação é que só saiam de casa em extrema
necessidade e evitem que os seus avós, seus parentes mais velhos saiam de
casa", destacou.
Diário do Nordeste
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