Ao menos 675 pontos do litoral brasileiro já foram atingidos
pelas manchas de óleo de origem desconhecida que, desde o fim de agosto, se
espalhou por toda a costa da Região Nordeste e pelo litoral norte do Espírito
Santo.
Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as 675 áreas afetadas pela substância
poluente estão espalhadas por 116 municípios de dez estados: nove da Região
Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio
Grande do Norte e Sergipe) e um da região Sudeste (Espírito Santo).
Só nas últimas 24 horas, militares da Marinha, técnicos do
Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio),
além de servidores públicos de prefeituras e governos estaduais e voluntários
vistoriaram 143 áreas. Destas, o Ibama classificou 64 como limpas e livres da
presença de fragmentos de óleo. Nas outras 79 áreas vistoriadas, os agentes
ainda encontraram manchas e vestígios esparsos de contaminação até o meio-dia
de ontem (19).
Na noite desta segunda-feira (18), o Grupo de Acompanhamento
e Avaliação (GAA), formado por representantes da Marinha, da Agência Nacional
do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Ibama informou que, ao
longo de todo o dia, 6 mil militares da Marinha (5.746), Exército (249) e da
Aeronáutica (seis) atuaram na operação de identificação e remoção do óleo.
Ontem, também participaram da ação 68 servidores do Ibama; 55 do ICMBio; 3.873
agentes de defesas civis estaduais e municipais e 440 funcionários da
Petrobras. Vinte e um navios, 11 aeronaves e 31 viaturas foram colocadas à
disposição das equipes.
Segundo o Ibama, desde 30 de agosto, cerca de 4.500 toneladas
de resíduos contaminados já foram recolhidos de praias, manguezais, costões e
outros habitats. A contagem desse material não inclui somente óleo, mas também
areia, lonas e outros materiais utilizados para a coleta. A forma de descarte
destes resíduos é determinada pelas secretarias estaduais de Meio Ambiente.
Agência Brasil
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