Cerca de 50 mil trabalhadores da construção civil no Ceará poderão tenham as férias adiantadas pelos próximos 15 dias por causa da pandemia do novo coronavírus. De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon/CE), a recomendação é que todos os funcionários evitem aglomeração e que as atividades sejam interrompidas.
"A sugestão é que todas as construtoras que puderem antecipem as férias de seus colaboradores por pelo menos 15 dias, podendo este período ser estendido por mais 15 dias, dependendo da situação", informa o Sinduscon/CE.
Conforme o presidente do Sindicato, Patriolino Ribeiro, desde a segunda-feira (16) há contato com o sindicato dos trabalhadores da construção civil, com o intermédio da Procuradoria Regional do Trabalho, para encontrar, "através do diálogo, a melhor forma de enfrentarmos essa situação que preocupa a todos".
"O ideal é que as construtoras possam antecipar as férias de seus colaboradores. Estamos sensíveis ao momento e dispostos a ajudar naquilo que estiver ao nosso alcance. Precisamos atuar de modo conscientizador junto àqueles que forem continuar no canteiro de obras, de modo que eles possam ter as informações necessárias para garantir a sua proteção e que isso possa alcançar também seus familiares", afirma Patriolino Ribeiro, presidente do Sinduscon/CE.
Segundo ele, todas as medidas sugeridas têm o consenso do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Ceará e a anuência da Procuradoria Regional do Trabalho. Nos três últimos dias, o presidente do Sinduscon-CE; e o vice-presidente das relações trabalhistas do Sinduscon-CE, Marcelo Pordeus Barroso; estiveram reunidos com o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Ceará, Nestor Bezerra; e com o Procurador Regional do Trabalho, Gerson Marques, a fim de alinhar as medidas preventivas que deverão ser adotadas pelo setor diante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Obras em curso
Nas obras que precisarem continuar, a orientação é que sejam afastados do serviço os trabalhadores com mais de 60 anos e aqueles que fazem parte do grupo mais vulnerável, como: portadores de diabetes, hipertensão ou doença renal crônica.
"A gente quer evitar aglomeração. Algumas empresas pequenas, com até 30 trabalhadores que precisam trabalhar e que se pararem quebram, a gente orienta liberar as pessoas com mais de 60 anos e os mais vulneráveis. E os outros que por ventura estejam trabalhando você escalonar horário de almoço, de entrada e de saída", explica Patriolino.
De acordo com a entidade, o setor está fazendo campanha de conscientização para que todos evitem aglomerações e reforcem o cuidado com a higiene. "Para isso, as construtoras deverão fornecer álcool em gel e disponibilizar pias para lavar as mãos, com sabão e papel toalha", reforça o Sinduscon.
Para Marcelo Pordeus Barroso, o grande objetivo das medidas sugeridas é preservar a vida e a saúde dos trabalhadores e da sociedade, além de garantir o equilíbrio financeiro das empresas.
"Estamos passando por uma situação bem difícil e desconhecida. Não temos como antever o futuro. As informações sobre o coronavírus ainda são insuficientes para sabermos por quanto tempo vamos precisar lidar com isso. O fato é que precisamos estar atentos e dispostos a fazer cada um a sua parte", afirma.
Fonte: Diário do Nordeste
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