quarta-feira, 26 de julho de 2023

Prédio de Fortaleza onde estacionamento afundou corre risco de desabamento, atesta Defesa Civil



O prédio onde o piso do estacionamento cedeu nesta segunda-feira (24), em Fortaleza, tem risco de desabamento, de acordo com análise da Defesa Civil. O órgão atestou duas vezes este resultado. A construção fica no Bairro Montese.

Ainda de acordo com a Defesa Civil, somente a análise de um engenheiro pode determinar a causa do acidente e o que deve ser feito para resolver o problema.

"O engenheiro vai apontar em seu laudo o que pode ter ocorrido exatamente, porque nós trabalhamos pela percepção de risco. Não fazemos uma vistoria minuciosa, como um engenheiro faz", disse Luis Uchôa Pinho, coordenador do Núcleo de Ações Emergenciais da Defesa Civil, à TV Verdes Mares.

O engenheiro foi até o local ainda na tarde desta terça-feira (25) e afirmou que a primeira orientação está sendo fazer um escoramento nas principais vigas da frente da edificação e uma investigação no solo próximo aos pilares para avaliar qualquer falta de estabilidade. "Ao retirar esses materiais e avaliar é que a gente vai dar outras orientações", apontou José Soares, engenheiro perito.


Moradores devem evitar o local

A maioria dos moradores não dormiu no local desde a noite da segunda (24), quando incidente aconteceu. A recomendação é de que o espaço seja evitado.

O condomínio possui dois andares e 13 apartamentos. A profundidade da área afundada é de cerca de 1,5m. A parte do piso que afundou fica a menos de dois metros das colunas que sustentam o prédio.

Em relato, moradores que retornaram ao prédio nesta terça-feira (25) para resgatar pertences, contaram que saíram às pressas, "sem nada, sem roupa".

O Corpo de Bombeiros foi acionado pelos próprios moradores após o piso afundar.

"Eu estava tomando banho, tranquilamente, quando ouvi um barulho bem forte. Olhei pela janelinha que tem no cantinho e vi essa parte caída (aqui ele aponta para o trechoda garagem que cedeu, onde dois veículos caíram). Corri e percebi que o chão tinha desabado", descreveu Felipe Pompeu, um dos moradores.

O condomínio, que foi construído sobre uma fossa sanitária, está interditado.


Por Isaac Macedo e Gabriela Feitosa, g1 CE


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