Após quase seis meses de
trabalho, a Delegacia Regional de Polícia Civil de Iguatu, através da Divisão
de Combate aos Crimes Cibernéticos, concluiu uma investigação e elucidou o caso
de mais um perfil ‘fake’ que atuava na cidade de Iguatu.
Na campanha política para prefeito de
2016, foi criado em rede social no Facebook um perfil falso (fake) denominado
“Francisco Pimenta” que tinha como principal objetivo realizar postagens
caluniando, difamando e denegrindo a imagem do deputado estadual Agenor Neto e
de pessoas ligadas ao seu grupo político.
O delegado de Polícia Civil, Weslley
Alves, observou que o perfil realizava publicações com o intuito de beneficiar
e favorecer os adversários do deputado, além de influenciar e manipular a
opinião pública com postagens de cunho político.
O perfil ficou bastante conhecido na
cidade e alcançou cerca de cinco mil seguidores e suas postagens tiveram uma
grande repercussão e alcance em Iguatu. Ainda de acordo com a investigação da
Polícia Civil, o perfil esteve ativo realizando publicações e postagens por
pouco mais de três anos e no início do ano de 2019 foi excluído.
Investigação
O delegado regional de Polícia Civil de
Iguatu, Marcos Sandro, coordenou as investigações e designou o delegado Weslley
Alves, e sua equipe para ficarem à frente do caso.
A Polícia monitorou a atuação do perfil
falso há alguns meses e no início do ano de 2019 desencadeou uma série de ações
com o fim de elucidar o caso. Com o apoio da Justiça da Comarca de Iguatu, foi
decretada a quebra do sigilo de dados do perfil e em seguida, com o apoio da
empresa Facebook houve informações básicas, como as datas e os horários exatos
dos acessos ao perfil.
Posteriormente, com o apoio das empresas
de comunicações – telefonia e internet os investigadores conseguiram
informações sobre o local exato de onde partiram boa parte das postagens e
sobre quem estava realizando as publicações criminosas.
Elucidação
Após quase seis meses de investigações e
análise de mais de 350 páginas de documentos e dados, os investigadores
chegaram aos suspeitos: Cícero Rodrigues Ferreira, 41 anos; Aurileide Alves de
Assis, 41 anos; Jossenir Alves de Assis, 34 anos;e de Vinícius Assunção.
Para a Polícia, os quatro eram os
autores materiais das postagens caluniosas e difamatórias realizadas pelo
perfil fake “Francisco Pimenta” durante os seus mais de três anos de atuação.
Os infratores foram localizados e
notificados para comparecerem na Delegacia Regional de Iguatu para serem
interrogados e para prestarem esclarecimentos. Ao final das investigações, os
infratores foram indiciados pelos crimes de calúnia, difamação e injúria.
Participação
O delegado Weslley Alves explicou que o
casal Cícero Rodrigues e Aurileide de Assis realizavam boa parte dos acessos ao
perfil falso usando a conexão de internet da sua própria residência e isso
ocorria durante vários horários no decorrer do dia. Além disso, a internet
usada pelos dois para realizar as publicações, mais precisamente no ano de
2017, estava registrada no nome de Jossenir Alves, que é irmão de Aurileide.
Motivação
Segundo o apurado, durante toda a
investigação, a motivação das postagens está relacionada diretamente a fins
políticos e tinha o principal objetivo de denegrir a imagem do deputado
estadual, Agenor Neto e de pessoas ligadas ao seu grupo político.
Por outro lado, as postagens manipulavam
a opinião pública sobre fatos políticos e sociais ocorrido em Iguatu e beneficiavam, por consequência, os
adversários do parlamentar.
Esclarecimento
Um dos nomes citados na
investigação é de Vinícius Assunção que divulgou nota negando participação:
“É totalmente infundada a acusação que
me é imposta como autor material das postagens difamatórias realizadas pelo
Perfil Fake em destaque, portanto NEGO veementemente qualquer tipo de participação
na idealização, construção, ou execução no âmbito da conta de rede social
“Francisco Pimenta”
A versão apresentada pela
Ilustríssimo Senhor Delegado de Policia não reflete a verdade e, muito menos,
aponta para a existência de cometimento de qualquer irregularidade, tão pouco
de crime, não comprovando qualquer materialidade.
Os que me conhecem sabem da minha
conduta e que sempre fui uma pessoa pacificadora, e profissional, independente
de lado politico, respeitando a todos. Confio na Justiça, nas pessoas de bem e
estou certo que a verdade irá prevalecer”.
O blog tentou entrar em contato com os
outros citados, mas não conseguiu.
Fonte: Diário Centro Sul
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