quarta-feira, 16 de maio de 2012

Ceará: 366 farmácias populares irão distribuir remédio para asma de graça


Remédios para tratamento de asma serão distribuídos de graça em 366 farmácias no Ceará a partir de 4 de junho, informou, nesta terça-feira, 15, o Ministério da Saúde. Serão três medicamentos distribuídos à população: brometo de ipratrópio, dirpoprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol. A distribuição dos medicamentos será feita dentro do programa Saúde Não Tem Preço.

Além da medicação, o Ministério vai ampliar a distribuição de suplementos nutricionais, como a dose de vitamina A, para crianças de 6 meses a 5 anos de idade, e o sulfato ferroso para crianças de 6 a 18 meses. A distribuição dos suplementos é feita nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). O Ministério da Saúde espera reduzir em 105% os casos de anemia na primeira infância e em 5% o índice de deficiência de Vitamina A, além do número de internações por asma.

As mudanças no programa Saúde Não Tem Preço estão sendo anunciadas pelo Governo Federal como parte de outro programa, o Brasil Carinhoso, lançado nesta segunda-feira, 14, pela presidente Dilma Rousseff. O programa visa tirar da miséria crianças de 0 a 6 anos de idade. 

Retirada de medicamentos
Para ter acesso aos medicamentos para combater a asma, os pacientes devem procurar as farmácias populares ou as particulares inscritas no programa Saúde Não Tem Preço. A distribuição será realizada como os demais 11 medicamentos para hipertensão e diabetes do programa: desconto de 90% e os 10% restantes serão pagos pelo Governo Federal.

A incorporação ampliará o orçamento atual do Saúde Não Tem Preço em R$ 30 milhões por ano. O orçamento de 2012 do programa, sem contar os valores previstos para cobrir os custos com a inclusão dos medicamentos para asma, é R$ R$ 836 milhões.

A gratuidade deve beneficiar até 800 mil pacientes por ano no país. Hoje, o programa Farmácia Popular atende 200 mil pessoas que adquirem medicamentos para o tratamento de asma anualmente. 

Internações
A asma está entre as principais causas de internação entre crianças de até 6 anos. Em 2011, do total de 177,8 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência da doença, 77,1 mil foram de crianças de 0 a 6 anos. Só no Ceará, de 10.373 mil pessoas internadas pela doença no ano passado, 5.125 mil eram crianças nesta faixa etária. Já o número de internações por anemia foi de 71.534 no país em 2011, e de 2.284 no estado – desses, 269 eram crianças de até 6 anos.


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância da inclusão dos medicamentos e suplementos no programa. “Estamos dando um passo importante para reduzir o número de internações e de óbitos que ainda existem. Não só estamos salvando vidas, como também estimulando o desenvolvimento da criança”, disse.

Redação O POVO Online

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