Faltando ainda três dias para o fim do mês de março, e o ano de 2018 completar o seu primeiro trimestre, o Ceará ultrapassou, nesta quarta-feira (27), a marca dos 1.300 assassinatos. Foram exatos 1.301 Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs), contabilizados desde o dia 1º de janeiro. A Capital cearense foi a área com maior registro de homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte neste período: nada menos, que 417 pessoas foram assassinadas.
Já a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), composta por 14 Municípios (Aquiraz, Cascavel, Caucaia, Chorozinho, Eusébio, Guaiúba, Horizonte, Itaitinga, Maracanaú, Maranguape, Pacajus, Pacatuba, Pindoretama e São Gonçalo do Amarante) foi a área com a segunda maior taxa de CVLIs no período, com 372 assassinatos.
Em seguida, aparece em terceiro lugar, como área mais violenta do estado, o Interior Norte, com 263 homicídios. Já o Interior Sul registrou 249 CVLIs.
Fatores
A “guerra” travada entre duas facções criminosas tem sido um dos principais fatores dos altos índices de mortes violentas no Ceará desde o ano passado. Em Fortaleza, as facções Comando Vermelho (CV) e Guardiões do Estado (GDE), lutam por território para a venda de drogas e outros delitos.
Os assassinatos são diários em vários bairros da cidade, alguns deles já bastante conhecidos das autoridades da Segurança Pública por conta dos constantes confrontos armados entre os dois grupos, como a Barra do Ceará, Barroso 2, Bom Jardim, Vila Velha e Jangurussu.
Outro fator importante nesta estatística é o número cada vez maior de mulheres assassinadas no Ceará. Somente neste período, foram 141.
Chacinas
Também neste primeiro trimestre de 2018, o Ceará registrou, ao menos, quatro casos de chacinas. A primeira delas, na noite de 8 de janeiro, na localidade Serra pelada, zona rural do Município de Maranguape, na RMF, que deixou quatro mortos. A segunda, na madrugada do dia 27 de janeiro, a matança na casa de shows “Fooró do gago”, na comunidade Barreirão, bairro Cajazeiras, em Fortaleza. Foram 14 pessoas assassinadas.
Dois dias depois da matança nas Cajazeiras, ocorreu a terceira chacina de 2018 no Ceará. Durante uma briga entre presos da Cadeia Pública da cidade de Itapajé (a 124Km de Fortaleza), 10 detentos foram assassinados a golpes de “cossocos”, facas, punhais e outros instrumentos.
Já na noite de 9 de março, sete pessoas foram assassinadas no bairro Benfica, em Fortaleza, por conta de uma rivalidade de facções criminosas. A matança começou na Praça da Gentilândia e se estendeu pelas ruas próximas, atingindo também a sede de uma torcida organizada de futebol.
Por: Ceara News 7
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