quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Preso em Aurora marido que matou esposa e simulou acidente

Uma investigação com bastante agilidade e eficiência desenvolvida pela Polícia Civil de Aurora concluiu que Aparecida Ferreira Lima Rangel, de 40 anos, não morreu em consequência de acidente de trânsito. Segundo o Delegado Felipe Marinho, ela foi assassinada após ser atingida por uma barra de ferro na cabeça pelo seu próprio companheiro Francisco Erivan Rangel Filho, de 38 anos. Para a autoridade policial, o caso está esclarecido e o acusado foi preso na tarde de ontem.

Ele representou pela prisão temporária do mesmo a qual foi imediatamente concedida pela Comarca de Aurora e Francisco se encontra recolhido à cadeia pública à disposição da justiça para responder por crime de feminicídio. No depoimento prestado ao delegado, o acusado nega ter matado a esposa e sustenta a versão inicial de um acidente de trânsito. Como disse, por volta das 22h30min de domingo (14) retornavam de um passeio quando tudo aconteceu na CE-288 na zona rural de Aurora.

Segundo Francisco, pilotava sua moto levando a mulher na garupa quando esta caiu e foi atropelada por um carro, cujo motorista seguia adiante na sua viagem sem prestar socorro à vítima que morreu no local. De acordo com o Delegado Felipe Marinho, ele não consegue explicar com precisão sobre a dinâmica do acidente. A Polícia Civil já desconfiava do relato de Francisco por não ver sinais do atropelamento na estrada e nem indícios característicos no exame cadavérico feito na Perícia Forense de Juazeiro.

Pior que isso: na segunda-feira os policiais encontraram uma barra de ferro suja de sangue na localidade a qual, supostamente, teria sido usada no crime. Amigas de “Piriu” – como a vítima era conhecida – disseram que o relacionamento do casal não era bom por conta do ciúme excessivo de Francisco. Ademais, o pai dela contou ao delegado que o mesmo teria dito, certa vez, que mataria “Piriu” em caso de separação e não escondia ser contra o relacionamento da filha.

Além disso, algumas pessoas testemunharam conflitos entre os dois na tarde de domingo no balneário onde estavam. O corpo de “Piriu” foi velado na casa dos pais no Sítio Unha de Gato e o sepultamento na tarde de ontem no Cemitério da Vila de Santa Vitória com grande acompanhamento e num clima de muita revolta. Foi a primeira mulher assassinada este ano no Cariri e o segundo homicídio de 2018 em Aurora. Dia 2 de janeiro, no Sítio Calumbi, Jaime Rodrigues de Araújo, de 29 anos, foi morto a tiros.




Por Demontier Tenório - Miséria.com.br

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