domingo, 5 de agosto de 2018

Ouro na Olimpíada Internacional de Química, cearense acumula medalhas em competições




Depois de 20 anos, o Brasil conquistou medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Química com ajuda da cearense de 16 anos Ivna Ferreira, estudante do 3º Ano do Ensino Médio em Fortaleza. Foi a terceira vez que a cearense participou de uma olimpíada internacional. No ano passado, na mesma competição, Ivna conquistou prata.

“Foi muito difícil, eu nunca esperei. Ano passado consegui a de prata, estava esperando outra prata porque era impossível. Nenhum brasileiro tinha conquistado [medalha de ouro] até agora”, diz.

A olimpíada ocorreu na República Checa e na Eslováquia, e os estudantes retornaram ao Brasil no último domingo (29). Após três anos cumprindo as etapas do processo de seleção, Ivna foi uma das escolhidas para competir pelo Brasil e trouxe, junto com outros três brasileiros: Vinícius Armelin, João Victor Pimentel e Orisvaldo Salviano, medalhas de ouro, prata e bronze para o país.

Desde os 11 anos, a estudante se prepara para competir em olimpíadas. Já passou por competições de matemática, informática, física e robótica, e conquistou medalhas em todas elas. Nas maratonas cearense, brasileira e iberoamericana de química também foi ouro.

A inspiração da adolescente é a avó, ex-professora de matemática, que a ensinava nos primeiros anos de preparação para as provas de exatas.


“Comecei a [preparação para] Olimpíada de Química em 2015, no colégio tem aulas voltadas pra isso, me preparei nelas. São muitas aulas por semana e estudo em casa além do conteúdo da sala, [porque] o conteúdo da olimpíada é muito além do Ensino Médio”, comenta a estudante.

Apesar de ser veterana nas competições, ela conta que ainda não tinha sentido aquele “estalo”. “No 9º ano fui pra [olimpíada] de química e vi que era isso. Nem sabia que dava pra ir tão longe. Quando descobri que podia ir pra competição internacional, resolvi me dedicar”, explica.

O que a adolescente chama de “estalo” é o encantamento que o estudo da química despertou nela. “Todas as ciências tentam explicar como o mundo funciona, mas o que gosto da química é a abordagem da natureza, você entende uma coisa que você não consegue enxergar. E quando entende, vê o mundo com outros olhos, você pensa em como a matéria está se transformando, entende como as coisas funcionam, sendo que não conseguia enxergar antes”, detalha.

Linguística
Outra cearense conquistou medalha em competição na República Checa este mês. Catarina Oliveira, de 16 anos, ganhou bronze na 20ª Olimpíada Internacional de Linguística, ocorrida em Praga. A olimpíada reuniu 192 alunos de 48 equipes de cerca de 40 países.


Por G1 CE

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