quarta-feira, 15 de julho de 2020

Acusados de chacina, onda de ataques e traficante de drogas estão entre presos que voltaram ao Ceará



Os 28 presos que estavam em presídios federais e voltaram para o Ceará são chefes de três facções criminosas e respondem a crimes como organização criminosa, homicídio, roubo e tráfico de drogas. Confira a lista abaixo.

Entre eles, está Auricélio Sousa Freitas, o 'Celim da Babilônia', fundador de uma facção cearense. Ele é acusado de ser um dos mandantes da Chacina das Cajazeiras (que deixou 14 mortos em uma festa em Fortaleza) e de expulsar dezenas de famílias que residiam no Bairro Barroso, também na capital cearense.

Marcílio Alves Feitosa foi preso por tráfico internacional de drogas no Ceará, em 2012. Ele também é considerado um dos 'homens de confiança' de Gilberto Aparecido dos Santos, o 'Fuminho', acusado de ordenar os assassinatos de Rogério Jeremias de Simone, o 'Gegê do Mangue' e Fabiano Alves de Sousa, o 'Paca'.

Dois primos também voltaram aos presídios cearenses. Eles eram comparsas, mas viraram chefes de facções rivais no Município de Pacajus após uma desavença. José Fabiano Nunes de Alencar responde por homicídio, latrocínio, roubo, receptação, ameaça e organização criminosa. E Francisco Patrick Alencar Amaral responde por tráfico de drogas, homicídio, porte ilegal de arma de fogo e organização criminosa.

Prazo expirado

O G1 apurou que o retorno dos detentos se deu pelo término do prazo dos mesmos no Sistema Penitenciário Federal, sem que as autoridades cearenses pedissem em tempo a renovação da custódia deles em outros Estados. Entretanto, esse pedido está sendo estudado.

Os presos foram transferidos para presídios federais durante e depois da maior série de ataques criminosos a bens públicos e privados do Ceará, ocorrida em janeiro de 2019.

Conforme as investigações, eles ordenaram os crimes de dentro do presídio e alguns deles chegaram a se rebelar na unidade penitenciária, devido o regime duro anunciado pelo secretário da Administração Penitenciária (SAP), Mauro Albuquerque.

A Secretaria confirmou, em nota, o recambiamento dos detentos para o Ceará e garantiu "que todos eles passaram pela triagem médica, fizeram testagem para Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus) e ficaram o tempo de isolamento necessário preconizado pela Secretaria de Saúde do Estado".

O Ceará previa inaugurar o primeiro Presídio de Segurança Máxima Estadual no início deste ano, mas o plano foi adiado pela pandemia. Entretanto, a SAP afirmou "que o sistema prisional cearense está preparado para receber e abrigar, com segurança, qualquer interno que esteja sob a sua tutela".


Por G1 CE

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