segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Ministério da Saúde irá substituir gotinha da vacina de reforço da poliomielite por dose injetável


O Ministério da Saúde anunciou que a última dose da vacina contra a poliomielite passará a ser injetável. O anúncio foi feito no último dia 7 de julho. Atualmente, a dose de reforço é aplicada aos quatro anos na forma de "gotinha". A pasta afirma que a mudança passará por um período de transição que se inicia no primeiro semestre de 2024. A decisão foi recomendada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), que considerou as novas evidências científicas que indicam a maior segurança e eficácia na aplicação intramuscular.

Segundo o Ministério da Saúde, apesar da novidade, o Zé Gotinha, símbolo histórico da importância da vacinação no Brasil, continua na missão de sensibilizar as crianças, os pais e responsáveis, participando das ações de imunização e campanhas do governo.

Atualmente, a vacinação contra a poliomielite no Brasil é realizada com três doses: aos 2, 4 e 6 meses, e duas doses de reforço, aos 15 meses e aos 4 anos.

Com a mudança, as duas doses de reforço da vacina oral, serão substituídas por apenas uma dose de reforço da vacina injetável, aos 15 meses. Assim, o esquema completo contra a poliomielite passará a incluir quatro doses: aos 2, 4, 6 e 15 meses.

Países de todo o mundo vêm substituindo gradativamente a vacina oral pela injetável. A mudança já foi efetuada em pelo menos 14 países na América Latina. A meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a vacina inativada substitua a oral em todo o mundo até 2030.


A poliomielite é uma doença grave e mais conhecida como paralisia infantil, por deixar quadros permanentes de paralisia em pernas e braços, forçando parte dos que se recuperam a usar cadeiras de rodas e outros suportes para locomoção. A enfermidade também pode levar à morte por asfixia, com a paralisia dos músculos torácicos responsáveis pela respiração. Durante os períodos mais agudos em que a doença circulou, crianças e adultos com casos graves chegavam a ser internados nos chamados "pulmões de aço", respiradores mecânicos da época, dos quais, muitas vezes, não podiam mais ser retirados.


Miséria.com.br - Por Raiana Lucas


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