terça-feira, 31 de outubro de 2023

Adolescentes sofrem assédio sexual e violência em centro socioeducativo do Ceará, diz relatório



Adolescentes internadas em um centro socioeducativo de Fortaleza fizeram várias denúncias sobre a unidade. Entre violência física, psicológica e assédio sexual, os problemas das internas do Centro Socioeducativo Feminino Aldaci Barbosa foram informados em um relatório feito após uma visita de diversos órgãos.

A visita foi realizada em 5 de maio de 2023 por membros de grupos voltados para defesa de crianças e adolescentes e direitos humanos.

Eduardo Sena, corregedor da Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas), disse que as reclamações e denúncias são investigadas desde a criação da Corregedoria.

“Se houver qualquer indício de que haja algum tipo de conduta desta natureza (castigos), sem dúvida passará pela Corregedoria e apurada a responsabilização”, comentou. Ele falou que a Seas tem tentado diminuir a quantidade de socioeducadores masculinos.

“As condutas dos agentes públicos que não se adéquam ao que a legislação prevê são rigorosamente apuradas. Quando tomamos conhecimento, nós afastamos de imediato o agente, e fazemos um processo de apuração”, reforçou Sena.


Assédio sexual

As internas disseram que, durante os banhos, são assediadas sexualmente por socioeducadores que passam pelos banheiros — que não têm portas — olhando para elas. A unidade, que é exclusivamente feminina, deveria ter socioeducadoras para monitorar os banhos.

Elas relataram também têm ficando nuas como forma de resistência a algemação, ou seja, que tiram as roupas para evitar que os socioeducadores homens entrem em contato físico com elas. No entanto, algumas adolescentes relataram que foram algemadas mesmo despidas da “parte de cima” por socioeducadores homens, e que outros as contém com uma toalha para evitar o contato físico direto.


Por g1 CE


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