terça-feira, 7 de novembro de 2023

BRASIL PODERÁ TER O MAIOR IMPOSTO DO MUNDO, O “IVA” IMPOSTO VALOR AGREGADO.

 


O governo do presidente Lula (PT) e Fernando Haddad (PT) deve criar, com apoio dos senadores da república, um novo imposto com alíquota de 27,5% sobre Valor Agregado (IVA) que foi calculada após as últimas concessões do Senado a setores que ganharam mordomias na reforma tributária. 

O Senado deve votar a reforma tributária na próxima semana. Com esse aumento, o Brasil passa a liderar – e sozinho – o ranking da OCDE que monitora as diferentes alíquotas do IVA no mundo. Quando o texto saiu da Câmara, a equipe econômica estimava uma alíquota de 27%. Esse é exatamente o mesmo valor pago no IVA pelos consumidores da Hungria – país que, atualmente, tem o maior tributo desse tipo entre os países acompanhados pela OCDE, Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

O patamar esperado para o Brasil é muito superior ao observado em países emergentes. Entre os grandes e próximos da nossa realidade, Paraguai tem a menor alíquota com 10%. Bolívia e China cobram 13% no IVA. Já México, Peru e Venezuela praticam 16%.

A alíquota cresce para 19% no Chile e Colômbia. Argentina tem a maior alíquota entre os vizinhos, com 21% – mesmo nível da Espanha, segundo a OCDE. 

COMO VAI FUNCIONAR: 

Atualmente, mais de 170 países adotam o IVA, entre eles Canadá, Austrália, nações da União Europeia e emergentes como a Índia, que passaram a utilizar essa forma de tributação mais recentemente. Caso seja aprovado pelo Congresso a pedido de Lula (PT), o Brasil terá o maior imposto do mundo em 27,5%. Além de o Brasil possuir uma quantidade significativa de impostos, cada ente federativo (União, estados e municípios) têm autonomia para decidir sobre suas alíquotas, respeitando os limites legais. Por aqui, a ideia é criar um “IVA dual”, que será implementado gradualmente a partir de 2026 em substituição a cinco impostos – três federais, um estadual e um municipal.

Com o IVA, o objetivo do governo é reorganizar todas essas normas, de forma a estabelecer uma tributação mais justa e equilibrada, tanto entre os setores da economia quanto em relação aos consumidores. Outro aspecto importante é o fato de que um sistema tributário mais enxuto favorece a fiscalização, pois o cálculo do imposto se torna bem mais simples.

Tudo isso facilita a previsibilidade do governo quanto à arrecadação, o que auxilia na definição e implantação de políticas públicas. Em outras palavras, quando o país sabe o que pode arrecadar, consegue planejar os seus gastos de forma mais eficiente e sem surpresas. (Foto: EBC)

 

Revista Ceará

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