domingo, 19 de novembro de 2023

Acusado de matar a companheira asfixiada e esconder corpo em sofá é condenado a 22 anos de prisão em Fortaleza



O homem acusado de matar a companheira asfixiada com um arame e em seguida esconder o corpo da vítima embaixo de um sofá na casa do casal no Bairro Cristo Redentor, em Fortaleza, foi condenado nesta quinta-feira (16) a 22 anos e oito meses de prisão.

O crime aconteceu em junho de 2021. O casal estava consumindo bebida alcoólica e usando drogas quando houve uma discussão e Juscelino de Amorim Barbosa atingiu Francisca Glaucia Martins da Silva, de 37 anos, com marteladas e depois asfixiou a vítima com um arame. Em seguida, ele tentou esconder o corpo da vítima, que localizado horas depois pela filha da mulher, que acionou a polícia.

Juscelino fugiu do local, mas foi localizado pela polícia dormindo na casa do pai, em Aquiraz, na Região Metropolitana. No momento da prisão, ele confessou o crime para os policiais e alegou que matou porque a mulher teria ingressado em uma facção criminosa e estaria tramando contra ele. Junto ao réu, foram encontradas 92 trouxinhas de maconha e uma outra contendo cocaína.

De acordo com relatos de testemunhas, o casal usava drogas e vivia uma relação conturbada com histórico de agressões do homem contra a mulher, que jamais foram denunciadas. A filha da vítima levantou ainda a hipótese de que o crime teria sido motivado pelo desejo da mãe de encerrar o relacionamento

Na decisão, o Conselho de Sentença considerou que o réu cometeu o crime de feminicídio por motivo torpe, de uma forma cruel e que dificultou a defesa da vítima, configurando, portanto, um homicídio qualificado. Além disso, ele também foi condenado por furto, ocultação de cadáver e tráfico de drogas.

“O perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado [réu] resta evidente pelo risco à ordem pública e periculosidade do sentenciado, notadamente pelo modus operandi [maneira como ocorreu] do crime”, afirmou o juiz Marcos Aurelio Marques Nogueira, que conduziu a sessão de julgamento.

Juscelino deverá cumprir a pena em regime inicialmente fechado. Além disso, ele não poderá apelar em liberdade.


Por g1 CE


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