As imagens com lixo na areia e uma enorme mancha escura no mar da Praia de Iracema, registradas na última quinta-feira (2), abriram uma troca de acusações entre a Prefeitura de Fortaleza e a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). A gestão municipal e a estatal sob responsabilidade do Governo do Ceará divergem publicamente sobre a origem das ligações clandestinas na orla da capital.
Na semana passada, os problemas de mudança de cor na água e forte odor foram testemunhados por quem foi até os trechos da Praia dos Crush (na altura do Espigão da rua João Cordeiro) e do Espigão do Náutico.
A poluição nestes trechos foi causada pela presença de resíduos sólidos e líquidos, incluindo esgotos sanitários, óleo, graxas e outras substâncias capazes de oferecer riscos à saúde, conforme detalhou ao g1 a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).
Para o último fim de semana, os trechos foram considerados impróprios para banho, segundo boletim de balneabilidade divulgado pela Semace.
Ainda de acordo com o órgão, a qualidade das águas do mar é influenciada pelos sistemas de drenagem, coleta e tratamento de efluentes e pela coleta de resíduos sólidos.
Inicialmente, a Prefeitura de Fortaleza ressaltou que realiza a inspeção das galerias de esgoto para identificar possíveis ligações clandestinas. O problema acontece quando a sujeira é levada até o mar por meio da rede de drenagem das águas da chuva.
Conforme a gestão, houve 3.371 fiscalizações realizadas de 2022 até setembro de 2023 sobre denúncias de imóveis não interligados à rede de esgoto. A partir destas fiscalizações, foram emitidos mais de 1.500 documentos fiscais, incluindo notificações e autos de infração.
Na ocasião, a Cagece informou que as galerias clandestinas não têm relação com a rede de esgotos ligada à companhia.
Por g1 CE
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