segunda-feira, 15 de maio de 2023

Taxa de fecundidade deve seguir em queda no Brasil

 


Há cerca de 60 anos, ser mãe de seis filhos significava estar dentro da média para o padrão reprodutivo no Brasil. Mudanças econômicas e culturais levaram as novas gerações de mulheres a outros comportamentos. Atualmente, quem está dentro da média é a mãe que tem entre um e dois filhos. Dados e projeções demográficas apontam que o declínio da taxa de fecundidade no país deve continuar nas próximas décadas.

A média de filhos por mulher em idade reprodutiva, expressa pela taxa de fecundidade total, era de 6,3 filhos na década de 1960. Nos anos 1980, esta taxa já havia diminuído para 4,4 filhos por mulher. Os dados são do documento Indicadores Sociodemográficos e de Saúde no Brasil - 2009, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Enquanto aguardam dados atualizados do último Censo do IBGE, com publicação prevista para este ano, demógrafos fazem estimativas consultando dados sobre nascimentos nas Estatísticas do Registro Civil e na plataforma DataSUS, do Sistema Único de Saúde (SUS).

A estimativa referente aos dados de 2020 é que a taxa de fecundidade esteja em 1,7 filho por mulher, aponta Angelita Carvalho, coordenadora do programa de Pós-Graduação em População, Território e Estatísticas Públicas na Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence), vinculada ao IBGE.

“A taxa de fecundidade teve uma queda contínua no Brasil. Estamos indo agora para um contexto de baixíssima fecundidade”, contextualiza a pesquisadora.

Com taxa de 1,5 filho por mulher, o cenário de baixíssima fecundidade é considerado difícil de reverter. O Brasil deve alcançar essa marca no ano de 2050, segundo a Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 1980-2050.


Por Thaís Brito, g1 CE


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