segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Brasileira que estuda em Israel fala sobre incerteza de quando poderá voltar para casa em Jerusalém, após ataques

 


A jornalista cearense Suyane Lima, que está estudando em Israel desde setembro, relata dificuldades para voltar à casa onde mora em Jerusalém. Ela estava em um local mais afastado para participar de festividades religiosas e conta que as amigas que ficaram na capital israelense estão abrigadas em bunkers para se proteger de ataques.

O grupo extremista islâmico armado Hamas bombardeou Israel neste sábado (7) em um ataque surpresa considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos. Em resposta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou estado de guerra.

O primeiro-ministro israelense também pediu aos cidadãos que sigam as instruções de segurança. A recomendação é que as pessoas fiquem próximas a prédios e espaços protegidos.

Praticante do judaísmo, Suyane não estava em Jerusalém quando a ofensiva do Hamas começou, por volta das 6h30 do sábado. Ela tinha ido passar o fim de semana em Har Brakha, um assentamento localizado na cordilheira sul do Monte Gerizim, a cerca de 65 quilômetros da capital israelense.

"Basicamente seria uma cidade mais afastada do centro. Então aqui está bem mais leve, digamos assim, do que em outros (locais) porque aqui não é alvo. A cidade onde eu estou fica no meio de várias cidades da Palestina, de várias cidades árabes. Então aqui eles geralmente não atacam, não tem tanto esse perigo quanto em Tel Aviv ou Jerusalém, que é onde eu moro", explicou Suyane.

Ela tinha ido a Har Brakha para celebrar o Shabat, o período de descanso observado da noite da sexta-feira até a noite do sábado. Para os judeus, este fim de semana também é de festividades pelo Simchat Torá, que marca o início de um novo ciclo anual de leitura da Torá (livro sagrado da religião judaica).

A estudante explica que, nesse período, é comum que os religiosos não usem telefones celulares. Durante a manhã, ela estava em uma sinagoga fazendo orações. A comunidade onde ela estava soube dos ataques porque soldados das bases militares de cada assentamento foram avisar nas sinagogas. A notícia alterou o dia que seria de descanso e contemplação.


Por g1 CE


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