sexta-feira, 22 de maio de 2020

Após pandemia, Ceará deve se tornar grande polo de saúde no Nordeste



O estado do Ceará possui fortes condições de potencializar os negócios e pesquisas ligados à área da saúde, de acordo com avaliação do secretário de Relações Internacionais do Governo do Ceará, César Ribeiro. A reflexão foi apresentada durante live com lideranças empresariais do Ceará, da Itália e da China promovida na tarde de hoje (21) pelo Grupo de Lideranças Empresariais do Ceará (Lide Ceará).

"Eu acho que o Ceará, e isso já vem sendo observado pelo governador Camilo Santana e pelo secretário da Saúde, Dr. Cabeto, tem uma particularidade de ter grandes polos de inovação voltados para a saúde, que são Porangabussu e Eusébio, com a Fiocruz. Há uma expectativa - obviamente, terminando essa questão da pandemia e voltando para a questão dos investimentos -, havia uma indicação, um compromisso de a Bio-Manguinhos de ter uma fabrica de vacinas no Ceará. O Estado possui a condição de tornar a saúde uma grande economia", detalhou o secretário do executivo estadual.

A transformação do Ceará em um potente polo de saúde não é um desejo recente do Estado. Há pelo menos quatro anos já havia a pretensão de que instituições instaladas no Polo Tecnológico de Saúde do Eusébio barateassem fármacos consumidos no País e desenvolvessem o segmento localmente.

Ao presidente do Lide Itália, Juan Barberis, e ao CEO do Lide China, José Ricardo dos Santos Luiz Junior, César Ribeiro pontuou que os dois países podem ser importantes na colaboração para que o Ceará cresça nesse sentido. "Eu não tenho dúvidas de que, não só a Itália, mas outros países, principalmente a China, podem colaborar muito para que o Estado seja um grande polo propulsor de pesquisa e de invoação voltadas para a área da saúde", afirmou.

"A relação do Ceará com a Itália e com a China são extraordinárias, eu acho que, graças ao que foi construído pelo governador e trabalhado de forma diplomática, são relações muito respeitosas. Temos sempre o cuidado de envolver consulados e embaixadas", disse, pontuando que o relacionamento auxiliou o Ceará no recebimento dos primeiros respiradores "enquanto outros países enfrentavam dificuldade nessas compras".

Entre os temas que pautaram a conversa, a globalização e a descentralização foram os principal pontos discutidos. Juan Barberis comentou as mudanças nos modelos de trabalho e ressaltou que, na Itália - principal investidor europeu no Brasil -, o Brasil chama a atenção ultimamente pelos números expressivos do novo coronavírus e também pelas diferenças percebidas nas decisões tomadas por governadores e pelo presidente no combate ao novo coronavírus.

"Preocupa os investidores italianos o quanto a crise do coronavírus vai interferir no andamento das reformas e na abertura a economia", frisou Barberis.

José Ricardo, CEO do Lide China, também pontuou a importância da relação comercial entre Brasil e China. "Tivemos crescimento nas exportações do Brasil para a China, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)", disse, citando alta de 31% no primeiro quadrimestre. "O Brasil é o celeiro da China. E a China teve uma grande pulverização de seus investimentos no Brasil".

A presidente do Lide Ceará, Emília Buarque, também ressaltou a importância do relacionamento entre o Brasil e a China e entre Brasil e Itália e comentou a importância de promover o debate com lideranças empresariais em outros países. "A gente tem no Estado uma superestratégia nessa relação multilateral e, diretamente para os empresários que estão no Lide, nós temos esse suporte".

Participaram ainda do encontro virtual os conselheiros do Lide Ceará Beto Studart, presidente do Grupo BSPar e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Lauro Fiuza, presidente do conselho do Grupo Servtec, e o gerente financeiro-administrativo do Grupo 3Corações, Roberson Pereira, que representou o presidente da empresa, Pedro Lima.


Fonte: Diário do Nordeste

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