quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Número de jornalistas assassinados devido ao trabalho dobrou em 2020, diz CPJ



O número de jornalistas assassinados em represália pelo seu trabalho dobrou em 2020, com 21 casos contra os dez do ano passado, informou o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) nesta terça-feira (22).

O México continua sendo um dos países mais perigosos para a imprensa, com ao menos cinco repórteres assassinados em represália por seu trabalho, acrescentou a organização em um comunicado.

Embora os grupos criminosos sejam os mais suspeitos por esses assassinatos, o CPJ recorda a "espantosa" execução do jornalista e opositor iraniano Rouhollah Zam em 12 de dezembro, cujo enforcamento provocou um protesto mundial.

Zam foi acusado de ter um papel ativo no protesto do inverno boreal de 2017-18 no Irã.

Devido à pandemia e às consequentes restrições de viagem, o número de jornalistas mortos em combate ou fogo cruzado ficou em seu menor nível desde 2000, com três repórteres mortos em 15 de dezembro, todos na Síria, por supostos ataques aéreos russos, segundo o CPJ.

Outros seis jornalistas morreram em missões perigosas, duas delas no Iraque, o que aumenta para ao menos 30 o número de jornalistas assassinados este ano, segundo a organização.

O CPJ declarou que ainda investiga as causas da morte de outros 15 jornalistas em 2020.

"O fato de que os assassinatos estejam aumentando e que o número de jornalistas presos tenha alcançado um número recorde neste ano, é uma clara demonstração de que a liberdade de imprensa está sob um ataque sem precedentes em meio a uma pandemia", disse o diretor executivo do CPJ, Joel Simon.

"Devemos trabalhar juntos para reverter essa terrível tendência".

Em meados de dezembro, o CPJ informou que o número de jornalistas presos bateu um recorde em 2020, confirmando as conclusões da organização Repórteres sem Fronteiras.


Fonte: AFP

 

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