quarta-feira, 27 de julho de 2022

Energia renovável pode gerar 2 milhões de empregos no Nordeste; aponta levantamento


O Nordeste é um dos grandes líderes na corrida mundial de produção de energia renovável, e deve gerar cerca de 2 milhões de empregos nos próximos anos, é o que aponta o Plano Nordeste Potência Mais emprego, Mais Água, Mais energia para o Brasil, apresentado nesta terça-feira (26), às autoridades de Pernambuco.

Considerando as outorgas concedidas para a geração eólica e solar continental e o crescimento da solar descentralizada, há potencial de criação de 2 milhões de postos adicionais de trabalho no Nordeste, segundo cálculo baseado em dados da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena) e de outras fontes que seguem o setor.

''O Nordeste está hoje passando por grandes mudanças. Ao mesmo tempo que as energias renováveis crescem, é preciso garantir que essa expansão seja feita de maneira ordenada, com menos impacto e com bases sólidas para que um mercado de trabalho com empregos bons e qualificados se forme'', afirmou Aurélio Souza, do Instituto Climainfo, durante a conferência

Atualmente, o Nordeste responde a 20% do total de energia elétrica gerada no Brasil e exporta cerca de 1.000 megawatts para o resto do país. E ainda há potencial para crescimento nessa participação nacional com geração centralizada e descentralizada de energia.

O documento, de 24 páginas, traz recomendações para entes públicos e o setor privado a fim de promover o desenvolvimento verde, inclusivo e justo da região, com base em fontes como o vento, o Sol e a água, além do respeito às comunidades. Sendo divididas nas categorias: gestão pública direta; capacitação de mão de obra; participação social; geração distribuída; e revitalização da bacia do rio São Francisco.

O plano foi apresentado ao presidente do Consórcio Nordeste, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, à secretária estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Inamara Melo, ao presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Roberto Abreu, e a jornalistas em reunião no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo pernambucano.

Nos próximos meses, os dados serão apresentados a candidatos do Nordeste, que podem aproveitar as ideias para debater os caminhos de recuperação econômica do Nordeste pós-pandemia.

O Plano Nordeste Potência resulta de uma coalizão de quatro organizações civis brasileiras: Centro Brasil no Clima - CBC, Fundo Casa Socioambiental, Grupo Ambientalista da Bahia e Instituto Climainfo, com apoio do Instituto Clima e Sociedade.


Por Yanne Vieira

Miséria.com.br

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