quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Crise fecha 10 mil postos de comércio no Ceará em quatro anos


Se perdeu postos e vagas no comércio nos últimos anos, o Ceará teve, por outro lado, crescimento expressivo tanto da receita da revenda de mercadorias quanto da margem de comercialização das empresas, aponta estudo do Instituto de Pesquisa Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

Enquanto cinco estados do Nordeste perderam receita bruta oriunda da revenda de mercadorias, o Ceará se destacou e teve o maior crescimento da região, passando de R$ 67,1 bilhões para R$ 85,7 bilhões (27,61%).
Já na margem de comercialização, o Estado foi de R$ 13,4 bilhões em 2013 para R$ 17,9 bilhões em 2016. Com o resultado, o comércio cearense passou de concentrar 2,18% deste índice em todo o País para 2,43%.

Em compensação, o Ceará registrou índices negativos tanto no número total de postos de comércio quanto em número de empregados no setor. Segundo o Ipece, mais de 10,6 mil postos de comércio do Estado fecharam as portas entre 2013 e 2016.

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A redução representa queda de 18,82% de todos os 56,7 mil pontos do tipo que existiam no Ceará em 2013, último ano de crescimento expressivo da economia brasileira. Segundo o Ipece, principais pontos de retração foram em empresas de comércio de veículos, peças e motocicletas (-21,26%), do comércio varejista (-19,34%) e do comércio atacadista (-8,65%).

No campo do emprego, o número de pessoas ocupadas no comércio também caiu de 289,7 mil em 2013 para 280,7 mil em 2016 (-3,14%). Os números seguem uma tendência nacional, tendo 11 estados registrado quedas semelhantes no mesmo período. Ainda assim, o Ceará foi o registrou maior queda na participação do número total de comércios no período, de 0,52%.


O POVO - CARLOS MAZZA

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