quarta-feira, 6 de maio de 2020

Homem tenta suicídio e é resgatado com vida em Acopiara

Na noite desta terça (05) por volta de das 20 horas, um homem de apenas 26 anos tentou tirar a própria vida. Segundo a Policia Militar o caso aconteceu na Rua Emília de Lima Pinho, Bairro Cobal, familiares do rapaz conseguiram chegar a tempo e resgatar o jovem.

O SAMU foi acionado e socorreu a vítima com vida ao Hospital de Acopiara.

O número de casos de suicídio no município de Acopiara chama atenção, de acordo com dados do site acopiara news, nesse primeiro semestre de 2020, foram registradas quatro mortes por suicídio e três tentativas.

O grande número de casos em todo o Estado do Ceará também preocupa. Segundo dados da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), dos 5.149 casos registrados no Estado em quase uma década, entre os anos 2010 e 2018, foram 1.269 na “cidade grande” (Fortaleza) e mais que o triplo, 3.880, espalhados pelos demais municípios do interior.

Além de chamar atenção, as estatísticas alertam para a importância de o suicídio – ainda considerado um tabu em diversas partes do mundo – ser discutido de forma responsável e consciente.

Essa possibilidade de diálogo pode, segundo especialistas, abrir caminho para a prevenção do comportamento suicida e auxiliar pessoas em sofrimento psíquico a buscar ajuda. De acordo com o psiquiatra Davi Queiroz, do Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto, existem várias formas de diminuir as chances de um suicídio acontecer.

A primeira delas, e uma das mais importantes, é estar atento a indícios que, no dia a dia, revelam a intenção de uma pessoa em tirar a própria vida. “Precisamos estar atentos aos sinais mais sutis, como o isolamento, a falta ao trabalho, a perda do gosto pelas coisas e pela própria vida, a dificuldade de relacionamento, a irritação… isso tudo deve nos fazer pensar e procurar essa pessoa para conversar”, afirma Davi.

Dificultar o acesso a meios que possam causar a morte de uma pessoa, fortalecer vínculos afetivos e ser vigilante com quem apresenta um comportamento de risco são, para o especialista, outras atitudes fundamentais. Em paralelo a essas ações, o psiquiatra destaca a importância de entender a dor do outro, sem criticar ou desqualificar falas e comportamentos. “Além de um atendimento especializado, essas pessoas também precisam de uma escuta acolhedora. Qualquer julgamento que se faça pode, na verdade, piorar a situação”.

Acopiara News

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