segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

'Aqui mora um homem que bate em mulher': Polícia investiga faixa colocada em praça de Fortaleza



Uma faixa erguida em praça pública com uma denúncia de violência contra mulher motivou a Polícia Civil a iniciar uma investigação, neste domingo (6), em Fortaleza. O letreiro apresentava o endereço de um homem com a frase: "Aqui mora um homem que bate em mulher".

A equipe do plantão da Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza foi ao endereço apontado, mas não identificou situação de flagrante e nenhuma relação dos envolvidos com infrações penais abrigadas pela Lei Maria da Penha. Apesar de ninguém ter sido detido ou preso, o caso segue em apuração no Distrito Policial da área.

Em nota, a Polícia Civil reforçou que qualquer mulher que sofra violência pode procurar a Casa da Mulher Brasileira para realizar procedimento policial e registrar denúncias. A unidade policial funciona 24 horas e está localizada na Rua Teles de Sousa, s/n, bairro Couto Fernandes. Se houver situação de flagrante, ligar para o número 190, da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social.


Agilidade

Aline Miranda, 2ª vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-CE, observa a faixa em praça pública como “um pedido de socorro pessoal ou de um terceiro, em favor de uma vítima”.

Na avaliação da advogada, os órgãos de segurança e entidades precisam ficar atentos ao cotidiano, principalmente durante a pandemia do coronavírus, para diferentes situações que possam representar denúncias.

“Essa faixa foi algo causada pela pandemia, por conta do isolamento. O estado e as instituições precisam se atentar para captar tudo isso. A Polícia foi ágil em assistir o direito da população”.

Aline explica que a faixa, assim como um telefonema ou carta enviada para uma delegacia, tem valor para motivar as autoridades públicas a iniciar uma investigação. “É o que chamamos de notícia-crime. Todas elas devem ser apuradas, não podem ser negadas. Para que a Polícia possa agir, é preciso ter no mínimo dados e informações que facilitem o trabalho dos envolvidos na apuração”.


Por G1CE


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