quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Acusados por latrocínio de canadense na Grande Fortaleza recebem penas de até 34 anos de prisão

 


Os três responsáveis pelo latrocínio do empresário canadense Walter Max Voigtlander, morto aos 85 anos, foram sentenciados nesta sexta-feira (6) pelo juízo da 3ª Vara da Comarca de Eusébio. O canadense foi achado amarrado e amordaçado no dia 11 de dezembro de 2019, dentro do sítio de sua propriedade em Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza.

Miguel da Silva Correia, 24 anos, foi condenado a 34 anos e seis meses de reclusão. Maria Luana Nicolau Pereira, 23 anos, recebeu pena de 30 anos e seis meses de reclusão. Vanesca Silva Oliveira, 22 anos, por sua vez, foi sentenciada a 29 anos e três meses de reclusão. O trio deverá cumprir as penas em regime fechado. Os acusados já haviam sido presos dias após o crime. A sentença foi emitida menos de 11 meses após o crime.

Um dos autores do crime é filho do caseiro de um sítio vizinho ao da vítima. Foi ele quem planejou e assassinou o empresário canadense, de acordo com a polícia.

"O caso retratado nos autos causou perplexidade na população local e grande notoriedade regional, mormente porque envolve violência contra pessoa, fato inaceitável na sociedade, já tão assoberbada pelos altos índices de criminalidade", relata o juiz Fernando Antonio Medina de Lucena na sentença.


O crime

O corpo do empresário foi localizado por um vizinho dentro do sítio onde morava sozinho. Após o corpo ser encontrado, a Delegacia Metropolitana de Eusébio iniciou as investigações.

De acordo com o titular da Delegacia Metropolitana de Eusébio, Everardo Lima, o canadense Walter Max Voigtlander foi achado amarrado e amordaçado. “Ele estava amarrado, deitado de forma ventral, as mãos em volta de um pilar, os pés também amarrados, com a boca tapada e com venda nos olhos”, disse.

Depois de cometer o assassinato do empresário, o trio fugiu apenas com R$ 139, que foram encontrados dentro de uma mochila da vítima, e um aparelho celular. Os três vão responder por latrocínio e, de acordo com o delegado, as investigações devem continuar.

O canadense falava muito pouco português e possuía um estabelecimento comercial no Centro de Eusébio, além de imóveis na região.

“O que a gente detectou é que ele era um estrangeiro de 85 anos de idade, dupla nacionalidade, no caso, alemã e canadense. Morava só, no distrito de Olho D'água, há cerca de oito anos. Falava pouquíssimo português e comunicava-se com poucas pessoas. Era empresário e tem um empreendimento no Centro do Eusébio e unidade de imóveis”.


Por G1 CE


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