sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

36% dos aprovados no ITA estudaram em Fortaleza; entenda por que o Ceará tem alta aprovação



Os estudantes de Fortaleza ocuparam 36,7% das vagas do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), um dos vestibulares mais difíceis do país. Das 1.478 vagas disponibilizadas no vestibular entre 2012 e 2022, 543 foram de estudantes que se matricularam na capital cearense.

O g1 conversou com ex-alunos e representante de escolas particulares cearenses para entender os altos níveis de aprovação do Ceará em dois dos vestibulares mais difíceis do país. Entre os pontos citados, estão:

  • tradição de preparo diferenciado de candidatos;
  • modelo pedagógico das escolas, com turmas específicas para quem tenta ITA e IME;
  • oferta de bolsas de estudo para alunos que se destacam;
  • 'olheiros' nas escolas que buscam os melhores alunos do estado.


Além do vestibular do ITA, o Instituto Militar de Engenharia (IME) também possui altos índices de aprovação no estado. Contabilização do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe-CE) apontou que o estado tinha média de aprovação de 30% a cada concurso da instituição realizado até 2017.

Nesta quarta-feira (14), o jovem Caio Temponi, de 14 anos, recebeu a notícia de que foi a pessoa mais jovem já aprovada no ITA. Ele estuda no Colégio Farias Brito, em Fortaleza, e recebeu uma ligação do reitor da instituição, Anderson Correia, parabenizando-o pela marca atingida.

Fortaleza foi também a cidade que mais aprovou alunos do país em oito dos últimos 11 anos no ITA. Em 2017, 2019 e 2020, a capital cearense ficou atrás apenas de São José dos Campos, em São Paulo, sede do ITA.

O curso mais concorrido, para candidatos da Ativa e da Reserva, foi Engenharia Aeroespacial. Das 150 vagas disponíveis, 61 foram ocupadas por candidatos que estudaram em Fortaleza.

O ITA oferece seis especialidades de engenharia: Engenharia Aeronáutica, Engenharia de Computação, Engenharia Eletrônica, Engenharia Civil-Aeronáutica, Engenharia Mecânica-Aeronáutica e Engenharia Aeroespacial.


Por Marcelo Monteiro e Gioras Xerez, g1 CE


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