sábado, 8 de agosto de 2020

Ato de associações de representantes de escolas pede volta de aulas presenciais em Fortaleza

Um grupo de coordenadores, professores e alguns pais fazem, na manhã desta sexta-feira (7), um ato na Praça da Bandeira, no Centro de Fortaleza, pela volta às aulas presenciais. Com cadeiras escolares dispostas na praça e cartazes, os participantes realizam uma aula discutindo o direito das famílias em escolher se querem as aulas presenciais ou remotas.

O governador do Ceará Camilo Santana anunciou no último sábado (1°) que a previsão é de que as aulas presenciais em escolas e universidades, públicas e privadas, voltem apenas no início de setembro, se os indicadores epidemiológicos relacionados à Covid-19 permanecerem favoráveis. O G1 solicitou um posicionamento do Governo do Estado sobre os questionamentos das associações mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.

Participaram da manifestação, a Associação das Pequenas Escolas de Fortaleza, a União das Escolas Particulares de Pequeno e Médio Porte Ceará e Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe). Os organizadores dizem que cerca de 150 pessoas estão no ato.

Em nota, o Governo do Estado informou que todas as decisões do Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais são baseadas em estudos epidemiológicos e relatórios realizados pelo Comitê da Saúde, sob o comando do secretário dr. Cabeto, e compartilhadas com o comitê ampliado que reúne Governo do Ceará, Prefeitura de Fortaleza, Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Ministério Público Estadual e Federal. "Há constante diálogo com as instâncias envolvidas em cada fase do Plano. Atualmente, 95% da cadeia econômica da Capital opera seguindo os protocolos", diz trecho da nota.


Protocolo de segurança nas escolas pronto

Segundo o presidente da Associação das Pequenas Escolas de Fortaleza, Alexandre Carlos Ferreira Lima, tanto os profissionais como as instituições de ensino estão prontos para o retorno das atividades. "Nós estamos preparados para esse retorno, o protocolo está pronto, os professores estão prontos, as escolas estão prontas, os alunos estão prontos, os indicadores mostram um cenário favorável. E o Estado? Por que não deixa a gente retornar?", questiona.

"Tem escolas pequenas que só tem a educação infantil e diante do que está acontecendo muitos pais estão retirando os alunos, trazendo um dano irreversível, fazendo com que várias instituições fechassem as portas. Além disso, -também tem a questão do bem estar da criança que está passando por dificuldades no ensino remoto e a questão de alguns pais que não têm com quem deixar os filhos para irem trabalhar", destacou.


Pais vão ter opção, disse governador

A discussão sobre a retomada das aulas presenciais segue neste mês e aulas remotas devem ser mantidas como opção. "Esse setor também estará opcional. Mantendo a garantia de que os pais e alunos terão a garantia da continuidade do atendimento remoto por conta das unidades escolares e universitárias. Esse é um processo de importante discussão. Vamos manter o mês de agosto aprofundando essa discussão com o comitê e os cientistas", disse Camilo.

Desde o dia 20 de julho, Fortaleza está na fase 4 da reabertura gradual da economia no Ceará, mas bares, shows, cinemas, eventos e aulas presenciais não voltaram. O plano de retomada das atividades não essenciais foi pensado com um ciclo de transição e mais quatro fases, cada uma durando, pelo menos, 14 dias. Os municípios do Ceará estão em diferentes estágios em relação ao plano conforme a gravidade do cenário da doença, sendo a capital a cidade com maior nível de reabertura.


Por G1 CE


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