sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Estudantes pedem novo adiamento do Enem com a alta de casos de Covid-19 no País



Com o aumento do número de casos e mortes causados pela Covid-19 no Brasil, entidades estudantis pedem novo adiamento do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que terá a primeira prova aplicada no próximo dia 17.

Além do receio de que a realização do exame, que tem 6 milhões de inscritos, vá aumentar a transmissão do vírus, as entidades afirmam que o MEC (Ministério da Educação) não divulgou medidas suficientemente eficazes para garantir a segurança dos candidatos.

O ministério rejeita o novo adiamento e diz que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão responsável pela prova, estabeleceu regras para "reduzir aglomerações" nos locais de aplicação do exame e adotou medidas preventivas contra a Covid-19.

Em ação conjunta, UNE (União Nacional dos Estudantes) e Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) não rejeitam a possibilidade de ingressar com um mandato de segurança para impedir a realização da prova em janeiro.


Repique de casos de Covid-19 assusta candidatos

Com o novo repique da pandemia, as entidades avaliam que candidatos possam deixar de ir fazer a prova com receio do contágio, afetando especialmente aqueles que estão em situação mais vulnerável.

"Os alunos estão com medo, se sentem inseguros em relação aos locais de prova e também com os deslocamentos que terão de fazer para chegar até eles. O Enem exige uma grande infraestrutura, não ocorre só dentro da sala de prova", diz Pellandra.

Jerônimo Rodrigues, secretário de Educação da Bahia, também encaminhou ofício ao MEC para solicitar o adiamento depois do aumento de casos no estado. "Temos regiões sem leitos de UTI e ainda não sabemos qual será a consequência das festas de fim de ano. O Enem neste momento pode piorar ainda mais o quadro", diz.

Integrantes do ministério já avaliam que a pasta pode sofrer uma enxurrada de processos judiciais antes e depois da realização da prova. As ações podem vir de estados e municípios, que podem enquadrar os locais de aplicação como aglomeração, e dos próprios candidatos que eventualmente podem questionar as medidas de segurança do Inep.


Medidas sanitárias

Em nota, o Inep diz ter reduzido o número de participantes por sala de aplicação -sem informar qual foi a redução feita. Também afirma ter criado ambientes especiais, estes com ocupação de até 12 pessoas, para candidatos que previamente informaram pertencer a algum dos grupos de risco para o vírus.

Informa ainda ter disponibilizado álcool em gel e higienização dos locais e diz que o uso de máscara será obrigatório durante toda a prova. O Inep não informou se prevê medidas para evitar aglomerações no entorno das escolas em que o Enem será realizado.


"Adia Enem" ficou em assuntos mais comentados no Twitter

Na manhã desta quinta-feira (7), alunos, profissionais da educação, entidades estudantis e políticos levaram a pauta para as redes sociais. O assunto do adiamento do exame ficou entre os mais comentados do Brasil no Twitter.


Fonte: Folhapress



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