quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Novo aumento da gasolina deve chegar às bombas a partir de hoje (27)



Os postos de combustíveis do Ceará começam a aplicar hoje (27) o novo aumento de 5% no preço da gasolina nas refinarias, anunciado ontem (26) pela Petrobras. É o segundo reajuste formalizado pela estatal em pouco mais de uma semana. O primeiro aumento do ano foi de 7,6%.

"Aqueles postos que estão com estoque baixo já passam imediatamente. Os que ainda têm algum resquício podem aguentar mais três, quatro dias", afirma o assessor econômico do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Ceará (Sindipostos-CE), Antônio José.

Na avaliação do consultor na área de Petróleo e Gás, Bruno Iughetti, a gasolina deve ser vendida nas bombas por preços em torno de R$ 5. "Não tenho dúvida", prevê. A média é confirmada por Antônio José. "A tendência é ir para essa faixa, porque estamos perto desse valor", aponta o assessor econômico.

Nas refinarias da estatal, o preço médio de venda de gasolina passará a ser de R$ 2,08 por litro, refletindo aumento médio de R$ 0,10 por litro no preço de venda. "Eu estranho o aumento da gasolina porque o diesel já há mais de 30 dias que não há uma alta. Me parece que esses preços estejam sendo dirigidos de maneira não técnica, mas política. Não havia razão pra essa alta de gasolina agora, uma vez que o petróleo deu uma baixa no mercado internacional de 2% nesses últimos dois dias", aponta Iughetti.

Entre o fim de dezembro do ano passado e o início de janeiro, a gasolina era vendida a preços médios de cerca de R$ 4,75 no Ceará. A menor média do combustível registrada neste mês foi de R$ 4,73. Já o preço máximo chegou a R$ 4,99, em Fortaleza no início do mês e em Juazeiro do Norte na última semana, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natutal e Biocombustíveis (ANP).


Diesel

A estatal também anunciou um aumento do diesel, de 4,4%. O valor do litro passa a R$ 2,12, traduzindo um aumento médio de R$ 0,09 por litro. Segundo Iughetti, a alta do diesel vai gerar um aumento em cadeia.

"No diesel, a defasagem está na ordem de 20%. Vai ter um aumento depois de muito tempo. Isso vai ter uma influência que é uma bola de neve, aumentando o diesel, consequentemente, teremos um aumento de todos os insumos de todas as cadeias produtivas que utilizam o diesel como combustível. O agronegócio deverá sentir. O transporte urbano e intermunicipal também vai sofrer impacto, e assim praticamente em todos os insumos dessa natureza da comercialização", conclui.


Fonte: Diario do Nordeste 

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