quinta-feira, 19 de maio de 2022

81,13% do Ceará está sem registro de seca, mas impactos de longo prazo ainda persistem

 


De acordo com os dados do Monitor das Secas, entre março e abril deste ano, a seca leve recuou em 18,25% no Ceará. A alteração se dá pelas chuvas acima da média registradas em todo o estado. Atualmente, 81,13% do território encontra-se sem registro de seca.

Em março de 2020, o estado zerou a seca grave, que tem como possíveis impactos a perda de cultura ou pastagens prováveis; escassez e restrição de água. O último registro foi realizado em abril de 2020, quando 0,24% do estado possuía áreas de seca grave.

Entre o período de abril e dezembro de 2020, a seca moderada também chegou a zero no estado. Mas retornou em janeiro de 2021, e chegou a ser registrada em 60% do Ceará. Apenas em março deste ano, com a intensidade das chuvas, o estado superou a seca moderada.

Quando uma área entra em seca fraca, os impactos possíveis são veranicos de curto prazo diminuindo o plantio, o crescimento de culturas ou de pastagens. Após a saída do período de seca fraca, déficits hídricos prolongados podem acontecer, além da recuperação apenas de forma parcial de pastagens ou culturas.

18.87% do Ceará ainda possui áreas de seca fraca, que se caracterizam com condições de umidade anormalmente baixa e podem, possivelmente, virar áreas de secas. Normalmente os impactos dessa seca são de longo prazo, e atuam por mais de 12 meses.

O monitor aponta que além do Ceará, a seca fraca também recuou no Rio Grande do Norte e em Pernambuco. Por outro lado, em decorrência da piora nos indicadores, houve um pequeno aumento das áreas com seca fraca no oeste baiano, sul do Maranhão e do Piauí.


Por Yanne Vieira

Miséria.com.br

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