Na primeira vez em que foi aplicado, o sistema de verificação de matrículas de cotistas da Universidade Federal do Ceará (UFC) identificou 127 candidatos que não se enquadraram nos requisitos para entrada na instituição. Os candidatos indeferidos podem recorrer do resultado em instâncias administrativas e jurídicas.
Em 2022, os inscritos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) precisaram enviar vídeos a uma comissão institucional que avaliou se eles se encaixavam no grupo contemplado pela cota. Os resultados foram divulgados nesta segunda-feira (16).
Ao todo, 2.326 vídeos foram enviados. Desses, 2.130 estudantes (ou 91,5% do total) tiveram a autodeclaração confirmada pela Comissão de Verificação de Vídeo (CVV) da UFC, vinculada à Pró-Reitoria de Graduação (Prograd).
Os outros 196 candidatos, que não tiveram os vídeos deferidos na primeira análise, foram convocados para uma etapa posterior: a heteroidentificação presencial, criada para dar mais confiabilidade ao processo, segundo a UFC. Entre os convocados, 69 tiveram a autodeclaração racial confirmada.
Vídeos de comprovação
No Sisu 2022, pela primeira vez, além de assinar uma autodeclaração, todos os candidatos dessa modalidade de cotas precisaram também enviar o vídeo para fins de comprovação da condição racial declarada.
O objetivo da medida, já adotada em outras universidades do País, segundo a UFC, é aperfeiçoar a implantação da Lei de Cotas na instituição, e garantir que as vagas reservadas para pessoas negras sejam preenchidas por aqueles que, de fato, têm o direito.
Nas análises, foram observadas exclusivamente as características fenotípicas dos candidatos, como tonalidade da pele, textura dos cabelos, formação da face, dos olhos, do nariz e da boca. O objetivo, conforme a instituição, é identificar traços próprios da população negra brasileira, ou seja, os traços negroides, que, por vezes, induzem situações de racismo e discriminação.
Por g1 CE
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