sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Sobe para três número de escolas na Grande Fortaleza com aulas presenciais suspensas após casos positivos de Covid-19



Mais uma escola da rede privada de Fortaleza, desta vez localizada no Bairro José Walter, suspendeu atividades presenciais após casos confirmados de Covid-19. Dois funcionários foram diagnosticados com a doença. O colégio optou por paralisar apenas o ensino presencial nas turmas do ensino infantil. A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) afirmou, por nota, que foi notificada na manhã de quinta-feira (8) sobre o fechamento da unidade. Uma equipe da Vigilância Epidemiológica será enviada para investigar o caso nesta sexta-feira (9).

Com a nova ocorrência, chega a três o número de escolas na Grande Fortaleza que suspenderam aulas presenciais após funcionários testarem positivo para Covid-19. No município de Eusébio, uma unidade de ensino registrou oito casos da doença entre funcionários e teve de ser interditada. Já na capital cearense, uma escola particular cancelou as aulas na terça-feira (6), depois de dois funcionários serem diagnosticados.

"A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informa que foi notificada na manhã desta quinta-feira, 8, do fechamento de um colégio no bairro José Walter, em Fortaleza, devido aos casos de Covid-19", confirmou o órgão estadual, em nota.

De acordo com publicação nas redes sociais da unidade, o colégio estava em ensino híbrido desde o dia 1° de setembro. O G1 procurou a direção da escola, a qual informou, por telefone, que não vai se pronunciar sobre o assunto. A reportagem também questionou o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Ceará (Sinepe-CE) sobre os casos e aguarda resposta.

No entanto, em comunicado divulgado na manhã desta quinta-feira, o Sinepe informou que testou mais de 8.000 profissionais da rede particular para Covid-19 nas últimas semanas. Destes, 21 foram diagnosticados para a doença mas “nenhum foi relacionado à atividade escolar uma vez que os testes foram realizados antes do retorno às aulas presenciais”.


Suspeita da doença entre alunos

Nesta semana, outra escola da rede privada, localizada no Centro de Fortaleza, decidiu suspender aulas presenciais em duas turmas do ensino infantil. A medida, de acordo com a direção da unidade, foi tomada na tarde da quarta-feira (7), após quatro estudantes do infantil III manifestarem sintomas gripais. Ainda de acordo com o gestor, os alunos não foram diagnosticados com a Covid-19, mas serão testados para a doença e estão em quarentena.

A suspensão nas duas séries segue até a próxima quarta-feira (14), em cumprimento às medidas de isolamento. “Como o primeiro caso foi percebido no dia 1° de outubro, na próxima quarta, se encerra o tempo recomendado de quarentena. Durante o período, estaremos acompanhando as ocorrências para saber se os sintomas se intensificam”, informou o diretor.


Retorno das aulas presenciais

Na macrorregião de Fortaleza, que soma 44 municípios, as aulas presenciais estão parcialmente autorizadas e ocorrem, desde o início de setembro, em creches e pré-escolas da rede privada. No dia 19 de setembro, o governo do Ceará autorizou o retorno de mais séries a partir de outubro.


Com isso, as aulas podem ocorrer com a seguinte capacidade:

  • Educação de Jovens e Adultos com 35% da capacidade;
  • 9º ano do Ensino Fundamental com 35%;
  • 3ª série do Ensino Médio com 35%;
  • Educação Profissionalizante com 35%;
  • Educação Infantil com 50%;
  • 1º e 2º do Ensino Fundamental com até 35%.

A estimativa do Sinpe é que desde o dia 1º de outubro, pelo menos, 120 escolas privadas recomeçaram as atividades presenciais nas áreas autorizadas.


Protocolo

O governo estabelece que quando ocorrerem dois casos de confirmação de Covid-19, ligados ou não entre si, por circunstâncias fora da escola, a orientação é fechar a unidade inteira durante a investigação.

Segundo o Protocolo Setorial do Governo do Estado, também é norma que, em caso de detecção de profissional contaminado, a instituição de ensino deve comunicar, em até 48 horas, os familiares e autoridades sanitárias e acompanhar a situação de saúde do envolvido.

Se houver confirmação, diz o documento, "o aluno ou profissional só deverá retornar à instituição de ensino quando de posse de autorização médica".


Por Cindy Damasceno, G1 CE


Nenhum comentário:

Postar um comentário