Alguns cearenses não resistiram às restrições impostas pela pandemia do coronavírus e viajaram para celebrar as festas de fim de ano, mas a grande maioria fez o oposto. De acordo com a Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav) no Ceará, o volume de procura e de compra nesses estabelecimentos em novembro e dezembro de 2020 foi cerca de 25% a 30% do volume observado em igual período de 2019.
De acordo com o presidente da entidade, Murilo Santa Cruz, essa movimentação é justificada por fatores como o temor em torno da segunda onda de contaminação e uma malha aérea ainda restrita. "A gente via passagens para São Paulo que custavam R$ 700 chegarem a R$ 2 mil. Os voos ainda estão muito reduzidos", explica ele.
Santa Cruz avalia que a malha aérea reduzida intimidou a procura por destinos dentro do Brasil, mas incentivou o cearense a buscar opções mais próximas, que possibilitem a viagem de carro, como destinos dentro do próprio Estado. "Nós observamos o cearense consumindo o próprio Ceará como destino turístico. Jericoacoara é um exemplo disso, foi um destino muito procurado. O cearense, sem muitas opções por conta da redução, se voltou para esse turismo interno em Guaramiranga, Ibiapaba, Litoral Leste".
A malha aérea - e as restrições impostas por outros países em relação ao coronavírus - também reduziu drasticamente a procura por destinos internacionais. De acordo com um levantamento feito pelo buscador de viagens Kayak a pedido do Sistema Verdes Mares, dos dez destinos mais procurados para novembro e dezembro de 2020 partindo de Fortaleza, apenas um está localizado fora do País (Lisboa, em Portugal). Nos últimos dois meses de 2019, cinco destinos internacionais estavam nessa lista.
No fim do ano passado, as cidades mais procuradas pelos cearenses na plataforma foram São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Belém, Salvador, Brasília, Lisboa, Curitiba e Natal.
Fonte: Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário