quinta-feira, 20 de maio de 2021

Professora tem cartão de crédito clonado após sofrer 'golpe da vacina' via aplicativo de mensagens, em Fortaleza

 


Um grupo de criminosos clonou o cartão de crédito da professora Cláudia Barreto após aplicar um golpe via WhatsApp. Ela, que mora em Fortaleza, recebeu mensagens de estelionatários que afirmavam ser do Ministério da Saúde e precisavam de dados da professora para a vacinação contra a Covid-19.

“Eu já estava em busca para poder ver como me inscrever para me vacinar, porque eu sou diabética e estaria na próxima fase e, para minha surpresa, vendo alguns recados, eu vi a mensagem”, comenta a vítima.

“Pedia que eu enviasse uma mensagem que eles mandaram por SMS que constava de uma numeração. Como eu não sabia, nunca tinha ouvido falar sobre isso [o golpe], eu achei que o Governo estava agilizando a vacina”, complementa Cláudia.

Ela informa que após ter repassado a numeração, o contato parou de enviar mensagens. "Eu achei que o Ministério da Saúde tinha se antecipado. Então, eu dei os números que vieram via SMS para eles. Então, eu 'caí em mim' que seria um golpe", explica a professora.

Marcos Monteiro, presidente da Associação Nacional dos Peritos em Computação Forense, explica como os criminosos conseguem aplicar o golpe. “A engenharia social consiste em adquirir a confiança da vítima para a partir dessa confiança cometer o golpe. Esse ataque pode acontecer de forma furtiva ou direcionada”, explica o especialista.

O perito explica que os criminosos podem utilizar de temas atuais — como a pandemia e a vacinação contra Covid-19 — para introduzir o golpe. “Quando é de forma furtiva, há um banco de dados onde não se conhece a vítima e o estelionatário manda para centenas — às vezes milhares — de pessoas a mesma história. Isso, há muito tempo, podia ser até um voucher para ganhar uma pizza”, destaca Marcos.

Apesar do contratempo, Cláudia revela que conseguiu reverter a situação. “Não tive [prejuízo no cartão de crédito] porque eu fui bem ágil. Eles começaram a tentar fazer compras consecutivas e a operadora do cartão me ligou, e aí já pedi para fazer outro [cartão]. É um golpe que as pessoas realmente não têm noção, acreditam por estar em um período de vacina”, finaliza a professora.


Por G1 CE


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