terça-feira, 13 de julho de 2021

Quase 400 mulheres vítimas de violência foram atendidas em 2021 em centro de referência em Fortaleza



Cerca de 400 mulheres vítimas de violência foram atendidas este ano no Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência Francisca Clotilde (CRM), equipamento da prefeitura, no Bairro Couto Fernandes, em Fortaleza, até esta segunda-feira (12). A violência psicológica lidera o número de denúncias.

O espaço, que faz parte do complexo da Casa da Mulher Brasileira, promove acompanhamento e encaminha as vítimas aos serviços da rede de atendimento, acolhendo mulheres que sofreram violência psicológica, sexual, física, moral, patrimonial, abuso, exploração, assédio moral e tráfico de mulheres.

Desde o início do ano, 348 mulheres vítimas de violência foram atendidas no local. Até o momento, janeiro foi o mês com a maior demanda, com 135 mulheres acolhidas.


Confira número de atendimentos por mês:

  • Janeiro: 135
  • Fevereiro: 71
  • Março: 08
  • Abril: 29
  • Maio: 31 (contando com uma assistida no abrigo Margarida Alves)
  • Junho: 49
  • Julho: 25 (até a data de 12/07/2021)


O CRM atende a demanda espontânea, ou seja, de vítimas que buscam diretamente o serviço, e também denúncias feitas por meio de outros equipamentos. Nos casos de mulheres em risco iminente de morte, a Prefeitura de Fortaleza realiza encaminhamento para a Casa Abrigo Margarida Alves, cujo endereço é sigiloso.

Centro de Referência funciona das 8h às 20h, de forma presencial, ou pelos telefones: (85) 3108.2965, 3108.2968 e WhatsApp (85) 98970.2094.

Em casos emergenciais, a Prefeitura de Fortaleza disponibiliza, ainda, o Disque Direitos Humanos (DDH) pelo 0800 285 0880, com ligações gratuitas e sigilosas. O serviço funciona 24 horas. Também é possível fazer denúncias pelo Disque 180 ou Disque 100.


Tipos de violência

Conforme a prefeitura, a violência psicológica é a mais comum, em todos os meses. Em janeiro, com 135 atendimentos totais, 107 foram por violência psicológica. Em junho, dos 49 registros de violência, 41 são referentes à violência psicológica.

De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), violência psicológica consiste em ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as ações, comportamentos, crenças e decisões de outra pessoa por meio de intimidação, manipulação, ameaça direta ou indireta, humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal.

Esse tipo de violência contra a mulher figura na Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.

A Lei afirma que “toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social”.


Por G1 CE


Nenhum comentário:

Postar um comentário