segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Mercado eleva projeção de juros e inflação e diminui PIB em 2021



No primeiro Relatório do Mercado Focus semanal após a crise no Ministério da Economia, que levou ao pedido de demissão de quatro secretários, na última sexta-feira (22), analistas elevaram de 8,25% para 8,75% a projeção da taxa básica de juros (Selic) em 2021, segundo informações do Relatório de Mercado Focus.

Para 2022, os analistas consultados pelo BC projetaram uma taxa de juros em 9,5% ao ano. O mercado ainda estima que a inflação terminará o ano em 8,96% e de 4,4% no próximo ano.

Ainda segundo o relatório, o mercado diminuiu a projeção para o crescimento econômico brasileiro em 2021, de 5,01% para 4,97%. Para 2022, o ponto-médio das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foi reduzido de 1,50% para 1,40%.

O Relatório de Mercado de Focus é divulgado pelo Banco Central toda segunda-feira, às 8h30, com o resumo das estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas nos 30 dias corridos até a data de referência do relatório.


Governo envia projeto para remanejar

Também nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional, um projeto de lei que remaneja recursos do Bolsa Família para o novo programa Auxílio Brasil, que está sendo criado pelo governo em meio a muita polêmica, por causa da ameaça ao teto de gastos, que culminou na demissão de quatro secretário do Ministério da Economia, semana passada.

O projeto propõe a abertura de crédito especial no valor de R$ 9,3 bilhões em favor do Ministério da Cidadania para o novo programa social. De acordo com a Secretaria-Geral de Governo, o remanejamento evitará a "esterilização" de recursos orçamentários destinados à transferência de renda, já que o Bolsa Família será extinto em novembro.

Por meio de nota oficial, a secretaria diz ainda que o projeto é compatível com regras fiscais como o teto de gastos e a regra de ouro.

Para viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 400 sem cortar outros gastos - principalmente emendas parlamentares - o governo fez um acordo com parlamentares e aprovou, na semana passada, emenda que muda a regra do teto de gastos, uma das principais âncoras fiscais do país.


Fonte: O Tempo

 

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