quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Temporais históricos Bahia registra maior acumulado de chuvas do mês em 32 anos



Itamaraju, no sul da Bahia, foi o município onde mais choveu no Brasil em dezembro deste ano, com 769,8mm de chuva, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Esse número representa mais que o quíntuplo da climatologia deste mês (148,0mm).

A climatologia da chuva entre setembro e dezembro em Itamaraju é de 499,7mm; em Ilhéus é de 434,4mm; e em Porto Seguro é de 507,7mm. Logo, nesse período, as chuvas nessas regiões estão bem acima da média.

Segundo o governo do estado, a Bahia registrou o maior acumulado de chuvas para dezembro nos últimos 32 anos.

De acordo com dados meteorológicos, os maiores acumulados de chuva entre 9h da última quinta-feira (23) e 9h de terça-feira (27) foram registrados em:


  • Valença: 215 mm, corresponde a mais do que o triplo da sua climatologia de dezembro (64,9mm);

  • Ilhéus: 209mm, corresponde a 70,2% a mais da sua climatologia de dezembro (122,8mm);

  • Salvador: 188mm, corresponde a mais do que o triplo da sua climatologia de dezembro (58,1mm);

  • Igrapiúna: 202mm;

  • Camamu: 196mm;

  • Barra do Rocha:195mm;

  • Gandu: 188mm;

  • Itabuna:187mm.


Desde a última sexta-feira (25), o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) tem feito vistorias técnicas através da equipe de fiscalização e monitoramento ambiental nos municípios do sul, extremo sul e sudoeste, para verificar os impactos nas barragens.

Durante as vistorias, foram identificadas barragens irregulares que se romperam no interior do estado como, por exemplo, em Iguá, Jussiape e Quati. De acordo com o governo estadual, foram realizadas, em conjunto com a Superintendência de Proteção e Defesa Civil do Estado (Sudec), Corpo de Bombeiros (CBMBA) e prefeituras locais, ações de intervenções emergenciais para evitar impactos à comunidade local.

Segundo o meteorologista do Inema, Mauro Bernasconi, o acumulado de chuvas tem relação com a formação de "corredores de umidade constantes", que vêm da Amazônia, atualmente pela Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que é uma faixa de nuvens que se estende do sul da região amazônica até a área central do Atlântico Sul.


Por g1 BA


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