quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Com alta em atendimentos para Covid-19, Unimed Fortaleza suspende novas cirurgias eletivas

 


Um “aumento considerável” na quantidade de pacientes com suspeita de Covid-19 em busca de atendimento nas emergências da Unimed fez com que a administração da rede decidisse suspender a marcação de novas cirurgias eletivas não essenciais em seu hospital, em Fortaleza.

A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (21) pelo médico Elias Leite, presidente da Unimed Fortaleza. “As cirurgias que já estão marcadas vão acontecer, e essa suspensão inicialmente será até domingo, para a gente ver como se comporta essa evolução dos números”, ressalta.

Segundo ele, o aumento repentino na procura foi observado desde segunda-feira (19), e gerou um problema de atendimento no hospital.

“Alguns pacientes hoje demoraram mais de duas horas para serem atendidos, porque foi um volume maior em um curto espaço de tempo”, diz.


Ocupação dos leitos

A unidade também já aumentou a quantidade de leitos para internação de pacientes com Covid-19. O número exato, porém, não foi especificado pelo médico. Elias Leite informou que, na terça-feira (20), o hospital tinha 57 pacientes internados com a doença. Nesta quarta (21), são 56. A quantidade de pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) se manteve a mesma nos dois dias, em um total de 23.

“Até a meia-noite de ontem, nós atendemos no hospital 152 pacientes com suspeita de Covid. O número do dia anterior tinha sido 162, e hoje, embora a gente só feche o número meia-noite, eu sei que ele vai ser alto, pela grande quantidade de pacientes atendidos em determinado momento do dia”, relata o presidente da Unimed Fortaleza.

Ele destaca, ainda, que foi percebido um aumento na positividade dos exames, ou seja, no percentual de pacientes testados que recebem um resultado positivo para a doença.

“Aconteça o que acontecer, nós estamos prontos para criar a estrutura necessária para atender os nossos pacientes. Não dá pra dizer que é uma segunda onda ou que esses números vão continuar crescendo, mas nós vamos estar prontos”, garante.


Por Bárbara Câmara, G1 CE


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