sexta-feira, 18 de março de 2022

Mais de 40 mil veículos em Fortaleza utilizam GNV; confira alguns cuidados para evitar explosões



Mais de 40 mil veículos em Fortaleza circulam na cidade com Gás Natural Veicular (GNV), segundo o diretor do Sindicato Nacional das Empresas de Inspeções e Vistorias Veiculares (SINAV), Marcos Neves. Nesta quarta-feira (16), o cilindro de um carro contendo GNV explodiu e destruiu o veículo em um posto de combustíveis na capital. O especialista aponta alguns cuidados para evitar que acidentes como o desta quarta aconteçam.

Segundo Neves, a explosão pode ter sido ocasionada pelo fato de o dono do veículo estar utilizando um cilindro vencido e não requalificado, e provavelmente não ter feito a inspeção de segurança obrigatória em uma das empresas credenciadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) no Ceará.

"Foi uma sequencia de erros: o usuário instalou um cilindro irregular, não realizou a inspeção de segurança obrigatória e o posto de combustível não exigiu a apresentação do selo de inspeção expedido por uma das instituições técnicas credenciadas pelo INMETRO", afirma Neves.


Cuidados

O GNV representa uma economia de 60% com relação à gasolina e ao álcool. É uma energia limpa que emite menos gases poluentes, mas que necessita de cuidados. Devido ao constante aumento do preço dos combustíveis, as pessoas tendem a recorrer ao GNV para economizar dinheiro.

Conforme Marcos Neves, as pessoas que utilizam o GNV precisam, obrigatoriamente, realizar todos os anos uma inspeção de segurança no cilindro. No Ceará, essa inspeção pode ser feita em uma das quatro empresas credenciadas pelo INMETRO. São elas: Cipetran, Vivas, Mult ou Itafort.

Além disso, Neves afirma que é mais seguro que as pessoas, ao abastecerem o cilindro, saiam do carro. "A forma correta e segura para o abastecimento é o frentista exigir o selo de inspeção do veículo válido e todos os passageiros saírem do veículo".

Outro problema apontado por Neves é a falta de fiscalização durante as blitze, já que, na maioria das vezes, os fiscais não solicitam a abertura do porta-malas dos veículos para verificarem se existem cilindros de GNV e se a documentação está em dia.

"Isso incentiva os usuários a não realizarem as inspeções anuais obrigatórias. E o risco quando não se realiza essas inspeções aumenta muito, pois o cilindro tem validade, os componentes do sistema também sofrem avarias com o passar dos anos, e acabam causando acidentes que poderiam ser evitados", pontua.


Por Isayane Sampaio, g1 CE


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